sexta-feira, 30 de abril de 2010

Otite

O António está novamente doente.
Mais uma otite.
Malditam sejam estas bichezas que atacam os ouvidos do meu pirralho!
Este ano já foram 5..
Já chega não?
E o Verão que não chega...
E a praia que tanta falta lhe faz.
Hoje lá ficou sentadinho a ver o Noddy, de pijama vestido e olheiras nos olhos, testemunha de uma noite mal dormida.
E eu cá vim com vontade de o trazer comigo... tirar-lhe a otite do ouvido e mandá-la numa caixa para a Sibéria!

segunda-feira, 26 de abril de 2010

António no campo

O António passou a sua primeira semana de férias no campo com os avós.
E cresceu.
Abriu cores.
Veio forte e ainda mais destemido.
Brincou horas no quintal, apanhou bichos, deu festas aos cães, pronto meteu as mãozinhas dentro da boca dos cães para ser mais precisa, viu animais como ovelhas, vaquinhas, coelhos, foi feliz!
Eu que sou bicho que cresceu no campo e as minha brincadeiras eram passadas no quintal a mexer nas ervas e no cães, nas corridas e nos jogos de escondidas, nas idas à mata e nas aventuras de bicicleta, gostava muito de poder dar isso ao António sempre que possível.
Por vezes fico triste quando penso que ele não vai ter isso sempre como eu tive...
Fico louca com as crianças que passam a infância agarradas à playstation e ao computador.
Hoje voltou à creche, à sala pequena dos meninos do bibe azul, ao pão com manteiga a horas certas, à história no tapete, às regras do seu escritório.
Prometo que sempre que puderes vais ter vida de campo, férias no campo, férias na praia, vida ao ar livre.. ai vais, vais! E vais ser feliz sempre!
Palavra de mãe.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Adé Té

Amanhã vai ser daqueles dias de mistura de emoções.
Sempre te dei força para seguires o teu caminho, a tua vontade, a tua intuição.
Sabia que mais dia menos dia isto ia acontecer.
Não foste feita para desistir à primeira, nem para te deixares levar pela zona confortável da vida, da qual muitos não conseguem saír.
Vais para outro lugar, para outra cidade, para outros amigos, para outros convívios e para outros desafios.
Eu fico a torçer por ti mana, porque acredito que vai correr tudo bem.
De coração apertado, porque de vez em quando também sou lamechas, mas sempre aqui para o que der e vier.
Boa viagem Té.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Nas nuvens

Recebi um telefonema.
Borboletas na barriga.
Sim borboletas na barriga, como quando temos as nossas paixonetas de adolescentes inseguros e idealistas.
Estou nas nuvens.
Adoro surpresas. Adoro!

segunda-feira, 19 de abril de 2010

o vulcão e eu

Um vulcão entra em erupção.
A vida muda.
A natureza mexe e diz em letras garrafais - SOU PODER!
A malta humanóide encolhe os ombros e desespera nos aeroportos.
Um vulcão.
Uma nuvem feia.
Um aglomerado de pessoas.
Aviões parados.
Uma viagem a Berlim adiada.
Mala no carro.
Marido em Paris.
Baby nos avós.
Semana em Lisboa alone.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Menina não entra


Há coisas em que mulher que se preze não entra.

Não vale a pena virem com a história da igualdade entre homens e mulheres.

Não pega, não cola e vão ser precisas muitas manipulações genéticas e umas centenas de anos de evolução científica para encontrarmos equivalências e igualdades totais entre a essência de um homem e de uma mulher.

Sim sou defensora da igualdade de oportunidades para ambos, de direitos, de deveres. Mas... sempre com diferenças.

Nós (mulheres) somos tão esquizofrénicas com o detalhe da vida e das coisas que cansamos qualquer homem (homem) com as nossas divagações psico-filosóficas do que e de quem nos rodeia (ou não...). Tudo é fruto de análise e de comparação, pouco ou nada que seja interessante e digno de uma conversa profunda nos escapa. E há que dissecar o assunto até à exaustão.

Eles (homens) fogem do detalhe a sete pés. São simples e chatos, sem interesse pela profundeza das conversas, unicamente concentrados em unitasks, em futebol, em carros, tudo menos a complexidade das relações, filosofias e afins.

A turma da Luluzinha e a turma do Bolinha podem misturar-se e dar-se, nascem, crescem, namoram, casam, procriam, discutem, convivem, todos juntos. Não são àgua e azeite, mas são àguas diferentes com formas diferentes de ver e viver o mundo.

Porém há clubes, como o do Bolinha, onde menina não entra e isso é de respeitar. Há conversas que só se têem entre mulheres e conversas que (provavelmente) só se têem entre homens. Quem não entende isto não é deste mundo, ou então prova que para toda a regra há uma excepção. E quando conheçemos excepções destas, os homens acham e pensam simplesmente - "É fixe.", já as mulheres fazem relatórios e statements profundíssimos sobre a razão da diferença... Contra mim falo.