segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Regresso

Vim.
E confesso que foram as melhores semanas que tive na vida.
Férias de tudo. Só praia, piscina, miúdos, família e amor. Passei 3 semanas de rabo de molho, especialista em poças. Desliguei o botão.
Agora tenho dificuldade em escrever seja o que fôr. Dificuldade em pensar... raciocinar... trabalhar.
Preciso de tempo.

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Ontem

Não fui ao cinema.
Fiquei agarrada a ver os Jogos Olímpicos e o Phelps a perder com o Le Clos na final de Mariposa...
E a neura deu-me para chorar quando o rapaz recebeu a medalha.
Preciso de férias.

E sim os Jogos Olímpicos viciam-me...

terça-feira, 31 de julho de 2012

Descoberta fatal

Descobri que temos gelados da Olá à venda aqui dentro da empresa..

Quero a minha vida de volta

Estou cheia de saudades dos meus cuquedos.
Da confusão, do barulho, da sala desarrumada, dos legos que passo a vida a pisar (e a dor que é no pé!!), das sopas a borbulhar na Bimby, da cara do Cuquedo Baby ao acordar (parece um ursinho!), dos beijinhos do Cuquedo Médio ao deitar, da vida... da minha vida que sem eles já não me parece nada, ou melhor fica diferente e desconhecida. Bolas... quando no limiar do cansaço, me apetecer fugir e ficar sózinha e em silêncio, talvez me lembre destes dias de single/married without kids... Foram boas as primeiras 48 horas, mas agora torna-se penoso.. Hoje vou enfiar-me no cinema para matar a neura. Porque o Cuquedo marido vai ter com os Cuquedos Médio e Baby, as férias dele já começaram... Para as minhas ainda faltam uns dias...


segunda-feira, 30 de julho de 2012

Sindrome Pré-férias

Estou em contagem decrescente.
Faltam 3 dias e umas horas para ir de férias.
Hoje o dia começou meio "perro".
Se houvesse um botão de "restart" na manhã de hoje teria de clicar umas 5 vezes..
Tenho malas para me focar e só me apetece redecorar a casa e comprar plantas... Comprar plantas para morrerem à sede nas 3 semanas que vou estar fora de casa? No meio deste nonsense, tenho que me mentalizar que vou ter de fazer - mala para acampar 3 dias no Sw, mala para férias na praia com cuquedos, não esqueçer coisas importantes como a bimby, os meus livros, os termos dos cuquedos, enfim... E pelo meio tenho listas de material escolar para comprar, bibes para encomendar, a declaração do médico para a escola, entre outros desafios...
Acho que preciso de um guia - "Como enfrentar as suas férias sem dar em maluca!" - para me orientar.

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Tuga com tiques germanicos

Trabalho numa empresa de engenheiros.
Há 7 anos. e meio.
Aprendi a ser práctica, a safar-me, a olhar para as coisas dificeis com sentimentos descomplicados (aprendi que podem existir sentimentos que não complicam), sigo a máxima do straight to the point, sem coisinhas e florzinhas.
A empresa é de engenheiros e tem cultura alemã...
E não que me tenha tornado numa Tuga Merkel, nem pensar, mas dentro da minha portugalidade não consigo fugir a alguns tiques que vou apanhando por aqui... E o sentido do "ter de fazer" e "não deixar para amanhã o que pode ser feito já", e a responsabilidade, e alguma seriedade, e o respeito pela vida pessoal, e o não me deixar levar por angústias, o não alimentar conversas de corredor e de cafézinho, o olhar para a frente que atrás vem gente... Dentro destas e de outras máximas tugo-germânicas pode estar a cura para muita gente deprimida... mas não deixa de ser uma teoria muito minha.
Porém mesmo dentro desta bolha, por vezes cruzo-me com pessoinhas... Reunião de 1 hora e meia para discutir e preparar respostas conjuntas sobre um tema que não é de todo interessante. Passada a hora e meia e depois de tudo estar mais que escrito e revisto, salta a criatura que diz que tem de rever tudo de novo porque sente que faltam ... ... ... virgulas.
Portanto mesmo em empresas de engenharia com filosofia e cultura alemã, há gente preocupada com a bela da virgula e onde é que ela está colocada...
Enquanto estou a fazer isto, não estou a fazer outra coisa pior - outra máxima aprendida por aqui...

O regresso

Ontem regressou o Cuquedo Médio cheio de bom ar com muitas aventuras para contar.
Foram dias cheios de quintal, campo, descobertas, gatos adoptados, cães, morangos apanhados, limões e tomates... Foi muito bom.
Hoje o último dia de escola antes de férias. A despedida dos amigos e da professora J. que ele tanto adora.
Para o ano vêem novos desafios, professora nova, sala nova, bibe de cor diferente.
Agora serão 5 semanas de férias só para ele.
Praia, muita praia para ver se fortalece e se ganha mais resistência.
Amanhã finalmente estaremos juntos, o clã cuquedo.
Para mim ainda falta mais uma penosa semana antes de férias.
Estou em contagem decrescente...

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Avós

Aos meus avós...

Avô João - gostava muito de cheirar a tua agua de colónia. Eras o verdadeiro senhor de porte elegante, sempre bem vestido e com muito bons modos. Os teus principios eram preciosos, únicos...Todos os dias me apercebo que não se fazem pessoas como tu. Fascinava-me o teu gosto pelo cinema, o facto de teres postais autografados pelas divas da grande tela. Eras poeta. Gostavas dos santos populares. Eras tão justo. Foste tu que me ensinaste a nadar nas àguas frias do mar da Nazaré. E a melhor imagem que tenho de ti é a nadar, para a frente e para  trás, durante horas por vezes.

Avó Judite - foste a avó das brincadeiras. Contigo era possível tudo. Nós brincávamos, mas tu sem mostrares, punhas-nos a trabalhar. Pequenina e rabina..Esperta. Foi uma alegria ver-te fazer um número grande no Totoloto. Nesse dia acho que houve gelados para todos. Lembro-me bem daqueles dias de Natal em que enchias a mesa com tudo o que podia haver de bom no mundo. Saímos de tua casa cheios, a rebentar.Eras tão doce judy que nunca me deixaste sair da tua casa sem levar uns rebuçados, uns bolinhos, qualquer coisa... E foste assim até ao fim.

Para a minha avó Pié e para o meu avô Abilio, só posso dar um grande beijinho apertado e fazer força para que continuem por cá com saúde porque eles merecem.
Os Avós são a nossa referência de infância, os cheiros, as coisas boas das ferias, as brincadeiras, tudo o que envolve os meus avós, envolve carinho, amor e boas recordações.
Gosto de os lembrar assim. Gosto de os respeitar assim.
Gosto de os amar assim, com as melhores recordações.

E para os meus cuquedos que agora estão com os seus avós, só tenho a dizer que guardem bem tudo o que vos estão a dar. Os cheiros, as comidas, as aventuras, os carinhos, os brinquedos escondidos na cave, os passeios na praia e no campo.. São tesouros incalculáveis e que deixam muitas saudades.

Ontem

Tive o meu momento.
Ontem em pleno modo "Solteira e sem Filhos", deambulei horas pelo Corte Inglês... Experimentei dezenas de vestidos, centenas de tops, cheirei tudo o que era perfume... Ainda pensei em enfiar-me no cinema, mas depois de um convite quase irrecusável para jantar fora, pus a ideia do cinema no saco, regressei para um modo "Namorada/Casada/Junta mas sem filhos para alimentar às 8 da noite!" e fui com o Cuquedo pai.. E soube tão bem! Um bom vinho, uma boa conversa, as diferenças de visões do costume, mas sempre a gargalhada no fim.
E depois mais umas deambulações por Lisboa. Chiado... Entrámos numa loja super gira com imensas peças de decoração inspiradas em Lisboa.
E encontrámos isto. E comprámos para pendurar em casa. Diz tudo sobre o que somos e sobre o que queremos ser todos os dias!!!


(a parte do "Listen to your parents" vai se.rvir para muitos e bons anos, I hope!!)

terça-feira, 24 de julho de 2012

Casa vazia de cuquedos

Hoje a casa acordou menos cheia.
O cuquedo baby foi de férias para o Algarve e hoje a camita dele, ao invés de estar desfeita, com fraldas de pano com quem ele gosta de dormir, com bonecada que o mais velho resolve mandar lá para dentro, estava intacta.
Hoje o cuquedo médio vai para Mira passar uns dias no campo com os avós... e aí sim a casa fica vazia..
Dualidades de sentimentos. O coração fica apertado de ter cada tesouro numa ponta do país, malas para cá e para lá, falta o barulho, o caos do fim do dia... falta tudo.
Agora é arranjar 1001 coisas para fazer para ocupar a cabeça e o espírito. E a lista é bem longa...

segunda-feira, 23 de julho de 2012

33

Com 33 feitos ontem tenho várias coisas a dizer:

- sim ainda sou nova e tenho muta vida pela frente
- sim já tenho 33 e sim já me vai custando algumas coisas que facilmente faria com 23
- sim sinto os 33 bem sentidos, por que é que haveria de sentir-me com outra idade, alguém me explica como é que isso se faz?
- sim faria tudo igual nestes 33 anos de vida, menos uma ou outra coisa que me tenha feito algumas mazelas, nomeadamente aos 7 ter partido as queixolas contra uma escada, só porque me armei em patinadora artística à beira da piscina (e com os pés a fazer de patins...)
- sim os 30 são bem bons para as mulheres (e os 20 tb...)
- sim tenho as melhores coisas do mundo aos 33 - marido e filhos lindos de morrer
- sim tenho bom aspecto, mas de vez em quando sinto que não
- sim (e derivado do que escrevi em cima) não há ilusões aos 33 - sabemos BEM quem e como somos
- sim estou cada vez mais boa pessoa
- sim sou uma convencida de merda
- sim hoje e sempre (vou tentar) ser positiva - good vibes

Amanhã isto passa-me e volto a dizer não mais vezes...

Delirios

Este senhor daqui a uns dias vai andar a apanhar ondas pelas praias da Arrifana e Amado...
Este senhor que ainda me deixa com arrepios na espinha vai tocar a solo - e com um dueto quase certo com o amigo Ben Harper - no próximo dia 3 de Agosto no Festival do SW... e eu vou lá estar, ah pois vou!!!
Há 20 anos que sou fã deste senhor. e do que ele canta.
Bolas... depois dos 33 é que me deu para isto...
Eddie see you soon OK?

Aljezur

E fomos de novo para lá.
A Casa dos Bichos era excelente, no meio do campo, no meio do nada, paraiso!
Mais uma história a conhecer. As pessoas que vão passando por nós cada vez que vamos a estas bandas têem sempre o mesmo elemento comum - mudaram de vida e são felizes.
Os donos do "monte" - um casal de portuguesa e de um suiço - ela de Lisboa, ele fotógrafo de viagens - um dia decidiram mudar e há 6 anos mudaram-se para ali. Começaram agora a alugar a casa para turistas, adoram a paz do sítio, o silêncio, as praias maravilhosas ali tão perto.
Por poucos dias que vá venho retemperada.

E já avisei quem de direito que um dia quando for velhinha vou morar para ali.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

FDS

Hoje nós - cuquedos e pais de cuquedos - vamos para aqui.
Respirar ar puro.
Correr na praia.
Comer areia.
Tentar descansar.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

HPC

Hoje estou um perfeito caco humano.
Se alguém encostar o dedo mindinho em mim caio literalmente para o lado.
Nem uma fuga comercial em busca do bikini perdido em saldo arrebitou aqui o hpc (human perfect caque...adoro inventar inglês)..
Espera-me uma saga logo. Com tudo menos descanso.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Parabéns Mandela


O meu ídolo da Paz e do Bom Senso.

Pedido

Calor deste só na praia e em férias.
Calor deste na cidade chateia, cola o corpo a tudo, deixa-me chateada, os cuquedos dormem mal, eu durmo mal, demoro o dobro do tempo para fazer seja o que for, obriga-me a andar com o A/C ligado no carro, faz ter ainda mais vontade de fugir para férias que nunca mais vêem...
Calor deste mandem-no para a Costa, para a Ericeira, para a Nazaré, para a Costa Vicentina, para o Algarve, para quem está de papo para o ar.
Aqui, para a malta que ainda está a trabalhar e a levar cuquedos à escola de manhã, tragam de novo os 25º ok??
Obrigada.

terça-feira, 17 de julho de 2012

Que venha uma campanha contra isto s.f.f.

Hoje no carro ouvi mais umas palavras iluminadas do RAP.
Como ele tem razão!!!
Não há nada mais nojento do que ver o mulherio (armadas em macacas) a espremer a borbulhagem aos maridos, namorados e amantes.
Que venha a campanha contra isto se faz favor!!!


Mixordia de Tematicas de hoje

Free spirit

O espirito livre do Cuquedo Médio deixa-me extenuada.
Se pudesse corria sem parar e depois de dar a volta ao planeta Terra, passando pelos países todos, apanhava um foguetão e percorria o sistema solar (que já sabe de cor) e outras galáxias.
Sem limites. Sem medos. Livre com um passarito.
Por saber quem tenho e por ter já um semi-aviso com uma espécie de fuga na praia em pleno sábado á tarde, e na falta de chips localizadores intra cutâneos para crianças (quando é que inventam isto!!!inventam tanta treta que não serve para nada!!), arranjei uma pulseirinha do programa lançado pela PSP "Estou aqui".
https://estouaqui.mai.gov.pt/Pages/default.aspx
Não é a solução, mas ajuda. Não acaba com os maus da fita, com os monstros com a maldade que por aí anda, com a doença mental chamada pedofilia, não evita a tragédia, nem a má sorte, nem o acidente, mas enfim pode trazer um final feliz à história...
Quanto ao espirito livre do Cuquedo Médio, não vai acalmar, nem terminar no momento em que tiver a pulseira...Por isso é preparar o espirito e o corpinho para as férias que aí vêem... que prometem ser tudo menos relaxantes.

Cuquedos

Tenho 2 cuquedos em casa.
Um cuquedo médio que tem 4 anos e já vai para o Bibe Encarnado. Tem a alma livre mas um coração muito sensível.
Um cuquedo baby que gatinha por todo o lado e a alta velocidade. É o verdadeiro cuquedo bolinha, mas já mostra de que fibra é feito...
São criaturas muito assustadoras e que pregam sustos a quem estiver sempre no mesmo lugar.
São eles os meus cuquedos.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Sempre a ver os aviões

Qualquer mulher que se preze (até as mais duronas) não resistem a rasgos de romantismo (contidos nada de muito exagerado pois está claro!!) e cá para mim nunca na vida resistiriam a cantorias do género .. "Anda comigo ver os aviões.... ".
Tenho para mim que dentro de cada fémea há um sonho secreto de ter alguém a cantar-lhe isto ao ouvido, se possível na roda de uma fogueira, com estrelas no céu, as ondas do mar a bater na areia, e pronto aqui está descoberta a fórmula mágica para os argumentos "chapa 3" do Nicholas Sparks e o segredo para tantos livros vendidos.
Nós mulheres arrepiamo-nos com este tipo de coisas e mesmo que depois de alguns anos passados e o bom senso a ter de imperar sob a inocência feliz dos 17 anos, continuamos secretamente a gostar de ouvir letras destas que falam de coisas tão simples como levar a América até alguém. E mesmo que ninguém o tenha feito sob o cenário fantástico de uma praia ao luar, ouvir alguém a trautear a letra ao nosso lado como quem convida "Queres vir ver os aviões?", é bem melhor do que qualquer outra coisa.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Estado #2#

Alguém me explica porque é que existem pessoas que quando estão para atravessar a rua numa passadeira, insistem em fazer de polícias sinaleiros e em vez de atravessarem, não... insistem ou melhor practicamente obrigam o condutor a arrancar novamente?? Ora bem o carro travou e parou para lhes dar passagem, isto não é nenhum favor caros peões... está escrito no Código da Estrada, voçês peõzinhos armados em orgulhosos que não precisam de civismo, mas que depois devem ser os primeiros a dizer que esta gente (as mulheres!!) que andam na estrada já não respeitam nada nem ninguém, é uma pouca-vergonha, bláblá, se não querem ver uma gaja louca a saír de um carro preto (bem quase cinzento da porcaria que tem em cima), com vontade de gritar e espancar estes velhinhos, por favor repensem e reflictam antes de erguerem o braçinho para fazer o belo de movimento sinalectico, ok?
Porque é que eu apanho constantemente esta malta na estrada, hein??

Running@EUL

Há 2 meses que ando a correr. Ou melhor a tentar correr.. Levanto-me de manhá em bicos dos pés, calço os ténis e vou...
Apesar de doloroso, é o meu momento do dia. O MEU.
Começou devagar devagarinho. Corria 2 minutos e ficava com o pulmão esquerdo de fora. Agora, 2 meses passados, já consigo correr 20 minutos seguidos em subidas e descidas..
Vejo sempre as mesmas pessoas : a tipa toda kitada com um grande bronze, cheia de gadgets pendurados, calções fluorescentes, óculo escuro de corrida; os maratonistas tipicos, secos e magros, que correm sempre com ar de sofrimento, mas a passo de gazela, velhotes e entradotes, mas que te deixam a pensar e a ter vergonha no sedentarismo em que tennho vivido nos últimos anos, a miúda gordita que vai cheia de roupa, sem gadgets, sem óculo fashion, mas que se esfalfa a correr e até corre mais que tu, o casal sexagenário que mesmo reformado se levanta Às 7 da matina e vai fazer a caminhada acelerada e o velho com ar de explorador escuteiro, vestido a rigor, com calção e colete à "Coronel Tapioca", que não corre, apenas caminha e pelos vistos explora o Estádio Universtitário e as espécies da fauna e flora que lá vivem.
É este é o meu Central Park...
Hoje fui. 7h05m já lá estava com vento frio a fustigar e a deixar-me ainda mais cansada. Prefiro correr com chuva do que com vento- o que já aconteceu neste Verão merdoso que andamos a ter... Atravessei os campos de futebol, subi até cima, vi o transito na 2ª circular, corri até aos campos de golfe, voltei pelo complexo de piscinas, subi de novo até ao Estádio propriamente dito, e terminei nas mesas do café restaurante - sitio perfeito para abdominais e flexões. Tudo isto a custo zero e com o mesmos resultados.
And running and running..

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Caracoleta fossilizada

"Ontem quando fui à rua, ou melhor à varanda para estender a roupa, estava um frio do caraças... !"
...
quando dizemos isto a pessoas que vão á rua à noite, sem ser apenas para estender a porra da roupa, sentimo-nos... para lá de caracoletas, talvez o mais aproximado de fósseis de caracoletas.

Ainda bem que não me lembrei de comentar que depois de adormecer o Cuquedo médio (pq o Cuquedo baby dormiu fora), fui a correr ver o resto da temporada 1 do "Game of Thrones" e devorei uma taça de gelado com chocolate quente por cima. Fiquei-me só pela varanda e pelo pormenor de estender a roupa...

Estado

Tenho uma afta na lingua. Ou então são duas ou três não sei precisar.
Estou em modo "quase sopinha de massa" a falar e com a perdigotagem em descontrolo total.
3 meses após 0 palavras de escrita aqui, e só me ocorre isto...

quinta-feira, 12 de abril de 2012

MAC

Tenho quatro pulseiras lá em casa, azuis, identificadas com números e nomes, datas que jamais esquecerei... pulseiras que a breve trecho tornar-se-ão relíquias.
Rarissimo vir para aqui falar de política. Blogs de politica e de visão económica existem muitos e bons e para todos os gostos.
Eu aqui só escrevo o que me vai na alma.
E neste momento gostava de mandar alguns srs para sítios com nomes chatos de pronunciar...
E como escrevo o que me vai na alma... aqui vai.
A MAC é a Instituição mais profissional, mais avançada, com mais equipamento de ponta, com o melhor pessoal especializado, enfim a MAC é o Ferrari da Medicina Obstetro-Ginecológica!
Tem o melhor serviço de Neonatologia do País, tem o melhor serviço e acompanhamento para as Grávidas de Risco...
e tem a minha amiga Tété que foi incansável qunado tive de fazer a amniocintese!
e tem a enfermeira Paula!!!
Sim a enfermeira Paula. Aquela força da natureza que quase de uma forma sagrada, mágica, literalmente arrancou de dentro de mim os meus dois filhos! A primeira foi dolorosa, ela foi bruta como às portas, ameaçou-me com ventosas, riu-se às gargalhadas das minhas parvoeiras, pediu-me desculpa qundo viu que o António era a cara chapada do pai... Na segunda vez ela apareceu tipo anjo na Terra... e eu cheia de dores quando a reconheci do primeiro Parto, agarrei-a no braço e grunhi entre contracções isto " este é o segundo... o primeiro foi consigo... o segundo pode ser também?" ... Ela com aquele ar louco, de quem saiu de um filme Kusturica qualquer, gritou "Vamos lá a isso oh Mãe!!!" .. E a segunda foi melhor que a primeira. E a Enfermeira Paula tem as primeiras fotos com os meus dois filhos ao colo. E despediu-se de mim a dizer que tinha de ir passear o cão.
A MAC é o que resta do bom serviço público em Portugal.
Como eu costumo dizer, ali é o mundo real.. Mas tem mais de bom do que de mau!
E representa tanto para mim que dificilmente vou aceitar o fecho daquilo.
Tenho dito.

O meu coração está triste. :(

quarta-feira, 4 de abril de 2012

O coelho da Alice vive lá em casa

A determinada altura - já não me lembro bem quando - deixei de usar relógio.
Habituei-me a não precisar dele. O meu dia-a-dia deu ao meu organismo todas as capacidades para se orientar sem relógio. Quando acordo normalmente adivinho as horas. Quando conduzo além do relógio do carro, tenho sempre o meu querido rádio que me vai dando esse detalhe, quando chego ao trabalho a ferramenta de trabalho tem essa indicação no canto superior direito.
Nunca pensei ter um filho tão obcecado por relógios.
O António encarnou nele o coelho da Alice no país das Maravilhas. De 5 em 5 minutos está a ver as horas, como se para ele o passar do tempo fosse um fenómeno fantástico e o que vem a seguir aos minutos é tão importante que não pode ser perdido. Chega a ser tão aflitivo que não consegue terminar uma refeição sem levantar-se 2 a 3 vezes para ir ver as horas no único relógio que existe em casa e que fica na cozinha.
Com três anos e meio questiona-me várias vezes se são "9 e 10?" - " o ponteiro pequeno está no nove e o grande está no 10 ... são nove e dez? ou são dez para as nove?"... e a seguir vem sempre a pergunta informativa "são horas de quê???" e depois para rematar "PORQUê???"... E esta saga repete-se vezes sem conta sem que nada o consiga satisfazer.
Já tentou várias vezes ficar com o relógio do pai (já não chega relógios de brincar em que os ponteiros rodam quando queremos, tem de ser à seria, se possível com os números bem visiveis...!) e ja´conseguiu dormir uma noite agarrado ao relógio do avô que lhe fez a vontade...
O coelho lá de casa vai ter um relógio à séria... e vai ser o meu timecontroller pessoal... Já que em tempos desliguei esse chip de mim, agora não vou escapar com facilidade à sagacidade com que ele marca os momentos com as horas que para ele representam momentos importantes do seu dia-a-dia...
E eu só tenho de andar na linha e deixar de ser o gato relaxado de uma vez por todas...

quinta-feira, 15 de março de 2012

Soltar um bocadinho...

Já não sei o que é saír á noite. Não sei porque não me lembro. Tenho saudades disso. De ir e de não pensar que no dia a seguir... o dia a seguir... ah pois é! Independentemente de tudo o que se faça, de tudo o que se dançe, beba, coma...há o dia a seguir. e a vida como ela é. Os acordares, as fraldas e os biberons, as cerelacs às 7 da manhã com os Mickeys e os Pandas, o desparecimento da chucha, mais fraldas, mais biberons... e com um passo de mágica a saída super fixe da noite anterior facilmente se torna um pesadelo matinal com banda sonora de martelos pneumáticos na carola...e outros efeitos especiais.
Ainda assim continuo a dizer que tenho saudades de saír á noite.
E hoje para contrariar vou soltar a galderiçe... só um bocadinho dela para não acabar com o resto.. Em boa companhia aí vou eu. Deixo os meus tesouros juniores com o meu tesouro senior e vou só cheirar a noite de Lisboa... :)
Preciso tanto disto como de pão para a boca!!!

sexta-feira, 9 de março de 2012

Exponencial

Estou por aqui de novo.
Working mum (porque será que há expressões em inglês que soam bem melhor que em portuguÊs ..."mãe trabalhadora" soa logo a vida desgraçada e não é o caso...), com dois cuquedos para criar, de volta à vida activa, depois de 5 meses de dolce fare niente (não a 100%, porque há sempre trabalho em casa...), cá estou eu.
e a resposta à pergunta ... " e a vida muda muito com dois filhos??" é ... Ah pois que muda e não é pouco. Tudo é exponencial, o bom e o mau. E nunca como agora a nossa estrutura, a fibra de que somos feitas (falo principalmente do meu género, o feminino) é posta à prova.
Hoje disseram-me que sou a mãe mais easygoing e zen que conhecem... e que também fui a grávida mais calma das redondezas. Talvez. Mas sofro como todas as mães sofrem. Tento apenas que isso não me afecte e ponto final. O medo de que algo corra mal, o medo da perda assombra-nos a vida a toda a hora. Sempre que estamos bem ou que algo corre maravilhosamente, temos sempre medo que algo venha em corrente contrária. A vida é tramada por isso. Além de ser tacitamente impossível fugir ao que a vida nos reserva, quando estamos bem ainda temos que levar com estes sinais da nossa (in)consciÊncia que nos obrigam a pura e simplesmente não estar plena e calmamente brutalmente felizes...
Estes filhos da mãe (os tais sinais) afectam-me por segundos.
Não tenho tempo para mais. Agora até a falta de tempo é exponencial.