segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Cheira a Natal quando a familia está por perto

Enquanto 80% da população está desenfreadamente a comprar presentes de natal (eu mandei o marido ao Colombo com uma lista de desafios!), eu estou a tentar que a minha segunda feira pré- férias de natal seja o mais produtiva possível.. e digamos que está dificil.
O fim de semana foi sempre em recuperação. A sexta-feira foi longa e só me deu uma hora e meia de sono. Quem me manda gostar de rambóia?!? (pensamento de muito boa gente, e a espaços o que a minha consciência me sussura ao ouvido..)
Já cheira a Natal quando a parte da familia regressa ao país. Agora em modo residente em Lisboa é tudo diferente e mais giro. A mana voltou para férias e o meu querido Manel que me adora e não me chama Tia Marta, mas simplesmente Marta! tem sido o maior ânimo destes dias!
No sábado foi o verdadeiro regabofe na casa nova dos tios, com direito a esparguete e a pratos diferentes.
Não há brinquedos, nem Ipads ... Havia uma lanterna para assustar, corredores e esconderijos para o jogo das escondidas e havia a paciência interminável dos tios!
Agora todos os caminhos e pedidos vão dar à casa da tia Nês!

Noite


- Caminhar sobre água gelada
- Um chapéu de mexicano
- Um Taliban
- Gin
- Uma bóia
- Um anão (que afinal era anã)
- Ser player (a práctica depois da teoria)
- Uma pintura nova no carro
- O homem da tombola e a noite dupla
- Pintura borrada de tanto rir


e podiam ser mais os flashes da noite de sexta, mas o que se passa em vegas fica em vegas.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

O Centimo

Bato palmas a quem consegue escapar á esquizofrenia do Natal.
Deviam existir beneficios fiscais para quem fizesse parte desta parcela de iluminados, de almas puras e élficas.
Ontem fiz mais uma investida num shopping e assisti ao vivo.
Filas em todas as lojas, pessoas carregadas com sacos e embrulhos, crianças a gritar, música violenta e tortuosa, luzes luzes, cartões visa a circular, respira-se economia e endividamento. No recession. Ali no meio daquele caos do demo, tentei resolver assuntos. Sem intenção altrusta de comprar um único presente, apenas resolver assuntos, registei a seguinte cena. Fila em loja de acessórios, uma senhora a trocar imensas coisas que tinha comprado no dia anterior, no final de tanto recibo para cá e para lá, alarme disto e daquilo, quer embrulho ou não, a menina da caixa vira-se e diz... "Oh ainda tem um centimo a haver!! Quer aproveitar?" WTF???? Como disse?? Juro-vos que se não tivesse ouvido pela segunda vez a frase, "Ainda tem um centimo de diferença, pode aproveitar para levar mais qualquer coisinha..." Esta voz da menina da caixa deve ter poderes mágicos, quase que como a flauta do encantador de serpentes.. e não é que a pessoa foi mesmo buscar mais um par de brincos para conseguir tirar proveito desse centimo?!!! Respirei fundo e contei até dez, quando cheguei à tal menina da caixa (a encantadora) começei com o exercicio mental tipo mantra - "Tu és mais forte, tu és mais forte, tu és mais forte.." e entretanto a tal voz disse "então não vai levar mais nada para completar este conjunto?" Resposta minha "Não"... A voz -"É para oferta?" Resposta minha - "Não." A voz ainda cantarolou "Muito bem. É para si portanto. Tem a certeza que não quer ver mais nada? Um colar por exemplo?". Respirei, estive para perguntar se eu propria tinha um centimo a haver e não me tinha apercebido, mas respondi polidamente "Não obrigada. Está bem assim." Fugi dali...Peguei nas minhas coisinhas e fugi literalmente. Ainda passei numa outra loja que me traz sempre à lembrança compras de meias às dúzias porque há sempre uma promoção... Mas resisti estoicamente a esta epidemia...

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

A barreira dos 10

Ando a correr desde Abril.
Começei por correr sem cair para o lado 3 kms.
Fiz uma festa quando cheguei aos 5 kms.
Desde aí foi sempre a correr, mais rápido, mais lento, mas sempre a somar kms.
Ontem corri pela primeira vez 11 kms. Com amigos é mais fácil não desistir. E ontem foi com amigos e com uma dor de burro fortissima que me acompanhou até ao km 6.. e depois foi embora.
É dificil explicar o gosto que se adquire, mais ainda se tentarmos explicar a alguém o vicio com que se fica.
A minha hora de corrida é desprovida de pensamentos. Entro num estado de vazio. Oiço a respiração, o vento que bate na cara, sente-se a chuva e o frio... e nada mais. Acho que é por isso que me viciei... é a melhor forma de me despir de tudo e de usufruir de um estado de perfeito e completo vazio.
Bom demais para quem tem uma vida tão cheia de tudo.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

As improbabilidades da vida

Sobre as improbabilidades da vida.
E como com o passar do tempo me apercebo que as pessoas mudam.
Falemos da única pessoa que pode ser analisada neste forum - eu.
Nunca em tempo algum poderia prever que a corrida um dia pudesse fazer parte do meu dia-a-dia.
Nunca.
E esta palavra devia cair por terra neste exacto momento, pelo simples facto que não deveria ser pronunciada em vão...para não dizer Nunca deveria ser dita assim sem mais nem porquê.
Sempre fui a miúda sem jeito para o desporto, a mais gordita, a última a ser escolhida para o jogo do piolho ou do futebol humano, tive negativa a educação fisica porque me recusei a dar saltos mortais e só me safei nesse ano sem negativs no fim do ano, porque no terceiro periodo tinhamos volei e eu como era alta até me safava. De resto um zero à esquerda. Recordo com algum horror as jornadas de atletismo no 8º ano, com 30 minutos de corrida seguida.
Agora corro mais de uma hora sem parar e adoro.

Não consigo dar um titulo a isto...

O nome deste post podia ser "como fugir do natal sem ser apanhado" ou então "fim de semana do quase natal a entrar em quase desespero" ou simplesmente " não correste estás cá com uma neura".
Podiam ser mais títulos claramente... E por ter sido tão complexo vou "postar" (e este verbo exite??) em tópicos:
- Sexta -feira a terminar com duas horas de dentista a limpar canais do dente 24 (juro que ele também limpou um ou outro canal cerebral...mas não deu bom resultado!) sem dor, com anestesia está claro, mas com dores excruciantes nas 48 horas seguintes
- Sábado - sem qualquer presente de natal comprado, almoço de sushi seguido de tentatitas-erro sobre "onde ir comprar o que os míudos pediram ao pai natal sem sentir claustrofobia natalicia" ..Primeira grande questão - e o que é que os miúdos pediram afinal? Foram 3 tentativas que terminaram em erro e já agora na sala 5 do cinema do Corte Inglês a ver o Interstellar durante quase 3 horas... e a saír de lá já noite escura, com profundas dúvidas sobre a velocidade do tempo, da gravidade e da existência... a correr porque tinhamos de comprar o bacalhau e a broa para o almoço de amigos lá em casa no dia a seguir... e sem prendas compradas.
- Domingo - acordo com a noticia que o António tem uma festa de aniversário à tarde. O convite perdeu-se entre os preparativos da festa de natal e os fatos de rena e duende.. Entretanto de manhã há cinema oferecido pela empresa, porque é Natal (lalalalal) e corremos para ver os Pinguins, Havia pipocas e houve também vómito de pipocas a meio do filme, felizmente para cima do pai, porque eu tinha ido pela 3ª vez à wc com o mais novo, que tem problemas de incontinência frequentes quando está fechado no escuro durante 10 minutos seguidos. Almoço de amigos com filhos em casa, festa de aniversario pelo meio, algum vinho depois, papéis de embrulho e gritos de crianças.
- Fim do fim de semana - a conclusão que tirei (com a ajuda da minha amiga Carla que partilha as mesmas ambições que eu) - tudo o que eu queria neste natal (e sem a banda Sonora tortuosa da Mariah carey ) eram 4 coisas - uma espreguiçadeira, um bom livro, silêncio profundo e uma garrafa de vinho.
Am I asking too much???

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Toti filhote - the one and only

Em jeito de resposta a uma pequena provocação ao post anterior aqui vai.

O meu irmão é dez anos mais novo que eu.
A primeira vez que senti a responsabilidade no pêlo foi em Fevereiro de 1990. Tinha 10 anos, andava no 5º ano. Os meus pais foram jantar com amigos e deixaram-me em casa com a minha irmã (1 ano mais nova) e com um pequeno baby de 2 meses.. Aquilo marcou-me de tal maneira, senti-me pequenina por dentro e por fora, quando o sacaninha desatou num berreiro diabólico.. Não tinha mãos a medir. Mudei fralda, dei biberon, abanei, cantei.. Mas ele só se calou quandos os meus pais voltaram, depois de um telefonema meu para o número que o meu pai deixara escrito ao pé do teleFone (na era dos telefones fixos).. ´Não é em vão que costumos dizer que começei a ser mãe muito cedo!
Ou seja já te aturo (e já te adoro!) há muito tempo, ok?
E agora quase 25 anos depois é ele que faz babysitting aos meus filhos, joga com eles à bola, faz filmes hilariantes que provocam as maiores gargalhadas lá de casa, ele é a personagem preferida das histórias inventadas e reais. É o Toti filhote, um herói, um igual a eles, um ganda maluco..

Para não ser lamechas e porque as imagens por vezes valem mais do que mil palavras... (e valem tanto como flores a cair das Àrvores..)



E já agora explica lá como é que andas com um cabide pendurado nas costas sem dares por isso?
Ganda maluco!

domingo, 7 de dezembro de 2014

Das origens

Nasci em Lisboa.
Vivi até aos 4 anos na Portela, num 12o andar, do qual me lembro do cheiro, da cor psicadelica dos azulejos da casa de banho e de achar que os aviões passavam rente à janela da sala. Fui feliz ali.
Fomos viver para mira de Aire por motivos profissionais e familiares. Primeiro dormimos em casa da minha avó judy (a família materna e paterna vive toda neste lugar) e depois mudamos para a casa onde passaria a minha infância. Lembro-me do corredor comprido, da loja/cave onde residiam todo um imaginário de brincadeiras, do quintal gigante, do campo da bola, das primeiras voltas/quedas de bicicleta, da própria que era a mais pirosa mas a minha favorita...bicla cor de rosa! Fui feliz ali.
Mudamos de casa uma vez mais. Já era adolescente e ter um quarto só para mim foi espectacular. Mesmo assim houve cd's que não se salvaram aos ataques do meu irmão mais novo (um deles dos Smashing PUmpkins que ainda aguardo ser devidamente ressarcida!!). Fui muito feliz ali.
Aos 18 fui estudar para LIsboa. Cresci e aprendi a desenrascar-me sozinha. Aprendi a cozinhar... E rapidamente percebi que a solidão não era o meu nome do meio. Fiquei tão feliz quando a minha irmã no ano seguinte se juntou a mim! Fomos viver para um apartamento dos meus avós. Por lá passaram muitas gerações! Foi uma etapa muito gira, com muita maluqueira saudável, muitas aventuras, muitos jantares, muitos amigos. Foram os anos em que percebi o que era essencial mesmo que nem sempre pusesse em pratica tal aprendizagem. A faculdade e ao anos que a acompanham mais do que um canudo dão-nos uma licença para aprender (palavras do professor ADriano MOreira)!Tenho tão boas memórias destes anos que até sinto dificuldade em escrever. Se pudesse descrever num momento o que esses anos foram para mim podia fazê-lo da seguinte forma... Numa tarde de primavera no jardim da faculdade eu e a minha grande amiga SOnia preguiçávamos esticadas debaixo de uma árvore... A árvore que não me lembro o nome começou a deixar cair imensas pétalas de flores de cor azul clara (ou seria roxa).. Eu e a SOnia sorrimos na altura e ainda hoje nos lembramos deste momento! Porque foi mágico de tão inocente e de tão genuino! E não! Não tinha fumado nada...
Quando dou por mim nestes exercícios retrospectivos tiro sempre a mesma conclusão... Não são os sítios, não são as materialidades, não são as casas, os corredores, os quintais, os jardins que caracterizam as nossas origens. São sim os momentos que passamos em todos eles... E esses são feitos de nós e de pouco ou nada mais.
Um excelente domingo.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

As cartas ao Pai Natal

O massacre de anúncios publicitários a brinquedos deixa-me zonza, mas aparentemente não influenciam ninguém lá em casa.
Este ano os cuqs (miniatura para cuquedos) escreveram as suas cartas ao pai natal.
O mais velho que já dá uns toques na escrita, fez a lista complexa sem referência a coisas que nós adultos nos habituámos a ouvir.. Nada de playmobil nem Lego, nada de Invizimals ou outras coisas que tais. Pede então ao barbas brancas um tabuleiro de xadrez, uma camisola da selecção (ficou muito indeciso relativamente ao país a escolher, tal é o espírito de cidadão do mundo!), um calendário (?)... e punkt. O mais novo encheu uma folha com desenhos, pois ainda não sabe escrever: um dinossauro, uma cobra e um dragão (diz ele que é para as lutas...) uma bola (para juntar às dezenas que andam lá por casa), um relógio vermelho e ainda o faisca Macqueen (não sei bem em que formato).
...
Agora do que eu me quero esquivar mesmo é do Festival dos Caricas... Acho que se tiver de ouvir a musica da chaleira e da panela de pressão outra vez dá-me uma coisinha má.

A pessoa mais bonita do mundo

Hoje a pessoa mais bonita que eu conheço faz anos.
E quando digo mais bonita, posso comprovar com factos e palavras, se for caso disso até consigo testemunhas vivas que podem confirmar parte do que vou registar aqui.
A pessoa mais bonita que conheço é de tal forma genuina que dificilmente engana alguém. Tem uma forma de estar na vida muito própria, procura o que a faz feliz, não se deixa enrolar pelas agruras da vida.
A pessoa mais bonita do mundo gosta tanto de si própria que não deixa que os outros que a rodeiam se esqueçam que devem também gostar de si.
Nunca a frase do anúncio da marca de leite pôde encaixar tão bem em alguém como nela.
A pessoa mais bonita do mundo é assim por dentro e por fora. Dizem que é dos genes. Eu acredito que tem mais a ver com a alma.
A pessoa mais bonita do mundo diz a verdade que dói por vezes.
Educou-me assim.
Fez-me acreditar sempre que eu podia ser mais e melhor se gostasse mais de mim.
A pessoa mais bonita do mundo é a antítese da depressão, é a prova viva que os livros de auto-ajuda são a maior treta, se o mundo fosse um bocadinho como ela, os psiquiatras e os ansiolíticos deixavam de ter Mercado.
A pessoa mais bonita faz hoje 60 anos. E eu lembro-me como se fosse ontem quando ela fez 40.
A pessoa mais bonita do mundo é a minha mãe, a minha melhor amiga, a minha maior referência, a minha biblia, a minha maior prova que o amor, seja por nós seja pelos outros, é a única formula para a felicidade.
Parabéns Mãe.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Voltei

E em tantos dias sem escrita o que dizer sobre o que andei a fazer?
Dificil...
Nada de mais.
Começei a correr e agora não passo sem isso.
Confesso que sinto falta deste espaço cibernético onde deposito palavras e desabafos.
E muito por isso, por me fazer falta vou voltar assiduamente.
Agora vou até ali correr.

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Perspectiva

E neste fds de chuva e de tempestade fomos com os cuquedos a uma das padarias da moda.. daquelas que proliferam em Lisboa e ainda bem!
Tudo jóia.
António comeu sandes de fiambre e bebeu sumo de pera.
João arreganhou o fiambre e lambeu o pão.
Nesses 20 minutos de Padaria da moda, saí do meu corpo e observei-nos de cima (coisa que faço com alguma frequência lol...)..
e o que vi foi:
um casal normal e até com um ar giro (cof cof cof) acompanhado de dois miúdos também giros mas que conseguiram não parar um só segundo. o casal esforçou-se por mantê-los sentados, ao ponto de beberem os cafés em sofreguidão e sem hipótese de conseguirem conversar um com o outro... os miúdos giros eram evidentemente pestinhas e não perderam uma oportunidade de desafiarem a autoridade, ao ponto de não poderem estar sentados ao lado um do outro.
Entrei no meu corppo de novo.
Foi isto.
É isto.
Um para cada um. Nas padarias e cenas modernas desta vida.
E há quem tenha coragem para ir ao 3º...

Este post não é mau de todo, mas roça a maldicência

Estou com imensa inveja de montes de pessoas que adoro e que me são próximas.
Este é daqueles statements que jamais devia fazer porque parece muito mal e toda a minha vida ouvi dizer que invejar o próximo é pecado capital.
Venho o inferno e as suas labaredas que eu cá estou-me nas tintas para isso...
Sim estou com inveja. Da boa...ok? Não daquela que dá mazelas a quem é dirigida, porque eu sou bruxa (de caldeirão!) mas sou da equipa das bruxas boas!
Sim estou com inveja..
O meu FB está invadido de fotos de viagens paradisiacas, a sítios do outro lado do mundo, com praias de azul turquesa, com fotos de gentes diferentes, com pessoas felizes e com ar zen...
Pronto já disse.
Tenho muita vontade de mandar essas pessoas que eu adoro para um certo sítio, porque ando a babar-me a ver fotos e fotos e fotos... Mas não passa disso mesmo, babanço do mais puro que existe.. Isso e contar dias e feriados e pontes no calendário, a esgalhar páginas de viagens na net, entre um report e mais uma conferência telefónica...
Chegou aquela altura do ano em que tudo é doloroso:
- só pensamos em férias
- mas ainda estamos longe delas
- só cheira a INVERNO
- e a vontade de fugir cresce cresce cresce....
Amigos não deixem de postar paisagens idilicas, ok.. Preciso disso para a veia... Sou uma autêntica junkie, assumo.

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

É sexta feira.
Trabalhei como se fossem duas semanas e não apenas uma como mostra o calendario.
O aldrabão do calendário diz-me que só passaram 5 dias desde domingo, mas eu sinto no pelo uns 10 dias com sonos mal dormidos, muito stress nas costas (que me doem), sem tempo de lazer, sem sequer saber a razão de tanto busilis à volta dos quadros do Miró.
Passou-se uma semana a correr, mas com intensidade e cansaço de duas.
Razões para isto podiam haver aos montes.
Hoje pensei novamente em viagens e como em menos de nada (se pudesse) me enfiava numa avião e ia até qualquer sitio quente, com mar e um bar de mojitos à espera..

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Praxe

No outro dia apanhei o cuquedo maior a riscar a cara do cuquedo menor.
A desculpa foi - "ele é puto...!"
Terá sido praxe?
A tipica hierarquia, tu andas cá há menos tempo que eu logo tens de levar com o que me apetecer fazer contigo...
O que é certo é que o cuquedo menor não estava a chorar, não fez queixinhas do irmão, parecendo até agradado com os 5 minutos de atenção e pura concentração artistisca do mais velho para com ele...
Ou seja o que me apraz dizer sobre o assunto praxe:
- o ser humano tem necessidade de achincalhar
- o ser humano tem necessidade de ser aceite
- há formas giras e aceitáveis de se fazer ambas as coisas, sem que para isso seja preciso tornarmos o ser dito humano em ser animalesco e grotesco... (muito menos com desfechos mais trágicos que nem vou comentar)...
- adorei ser praxada, não por gostar de ser achincalhada, porque não o fui! ... mas porque conheci amigos para a vida e também (só por acaso) a pessoa com quem casei, que riscou a minha cara de caloira e eu nem me queixei... :)

Quero uma jangada

Respirar antes de mergulhar novamente nesta loucura..
Descobri cabelos brancos e acho q estou com rugas…
Olhei-me no espelho hj de manhã e assustei-me pq não me reconhecia.
O fds voou sem que me apercebesse q era Fim de Semana.
E pela primeira vez na minha vida sinto o mês de Janeiro a voar … sem que me apercebesse sequer que houve a entrada num novo ano, sem tempo para novas resoluções e listas de acções de melhoria..
Sou a única nesta lancha rápida?
Ou está tudo num cruzeiro lento menos eu?
Ontem, mas só ontem, parei no tempo e regressei por segundos aos meus 6/7 anos, quando adorava pão com maçã (basicamente continuo a adorar pão e maçã com tudo..), quando fazia contas de dividir e o meu tio Luis me ensinava o noves fora nada (que eu agora por culpa de ser escrava do Excel já não consigo fazer!!), relembrei-me de tudo, do cheiro das couves migadas para as galinhas, do assobio da Avó Chinguita, das escadas para o quintal, do cheiro do perfume da tia Nanda, do corredor da casa, dos sofás verdes, do anúncio na RTP1 da Força Aérea onde aparecia o Luis Manuel, lembrei-me de tudo naquele abraço bom e sentido.
De vez em quando é bom parar o speed que a vida pode tomar…
Quero muito voltar a ter uma jangada. Nunca gostei de velocidades.