segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Praxe

No outro dia apanhei o cuquedo maior a riscar a cara do cuquedo menor.
A desculpa foi - "ele é puto...!"
Terá sido praxe?
A tipica hierarquia, tu andas cá há menos tempo que eu logo tens de levar com o que me apetecer fazer contigo...
O que é certo é que o cuquedo menor não estava a chorar, não fez queixinhas do irmão, parecendo até agradado com os 5 minutos de atenção e pura concentração artistisca do mais velho para com ele...
Ou seja o que me apraz dizer sobre o assunto praxe:
- o ser humano tem necessidade de achincalhar
- o ser humano tem necessidade de ser aceite
- há formas giras e aceitáveis de se fazer ambas as coisas, sem que para isso seja preciso tornarmos o ser dito humano em ser animalesco e grotesco... (muito menos com desfechos mais trágicos que nem vou comentar)...
- adorei ser praxada, não por gostar de ser achincalhada, porque não o fui! ... mas porque conheci amigos para a vida e também (só por acaso) a pessoa com quem casei, que riscou a minha cara de caloira e eu nem me queixei... :)

Quero uma jangada

Respirar antes de mergulhar novamente nesta loucura..
Descobri cabelos brancos e acho q estou com rugas…
Olhei-me no espelho hj de manhã e assustei-me pq não me reconhecia.
O fds voou sem que me apercebesse q era Fim de Semana.
E pela primeira vez na minha vida sinto o mês de Janeiro a voar … sem que me apercebesse sequer que houve a entrada num novo ano, sem tempo para novas resoluções e listas de acções de melhoria..
Sou a única nesta lancha rápida?
Ou está tudo num cruzeiro lento menos eu?
Ontem, mas só ontem, parei no tempo e regressei por segundos aos meus 6/7 anos, quando adorava pão com maçã (basicamente continuo a adorar pão e maçã com tudo..), quando fazia contas de dividir e o meu tio Luis me ensinava o noves fora nada (que eu agora por culpa de ser escrava do Excel já não consigo fazer!!), relembrei-me de tudo, do cheiro das couves migadas para as galinhas, do assobio da Avó Chinguita, das escadas para o quintal, do cheiro do perfume da tia Nanda, do corredor da casa, dos sofás verdes, do anúncio na RTP1 da Força Aérea onde aparecia o Luis Manuel, lembrei-me de tudo naquele abraço bom e sentido.
De vez em quando é bom parar o speed que a vida pode tomar…
Quero muito voltar a ter uma jangada. Nunca gostei de velocidades.