sábado, 28 de junho de 2008

Puro ócio

Não queria tornar este blog numa espécie de guia da gravidez, day by day... O que é certo é que este tempo de ausência justifica-se por isso mesmo... Estou na recta final e a minha vida quase não é mais nada senão viver neste estado tão específico com tudo o que tem de bom e de menos bom.
Está um calor que não se pode. Acreditem em mim... Grande parte das pessoas não se apercebe, porque sai cedo de casa e passam as 8, 9, 10 horas seguintes no escritório com ar condicionado... Eu já não sabia o que era ter calor e não conseguir respirar em Lisboa.
Estou há alguns dias em casa. Baixa médica for the first time. Objectivo: descansar e caminhar até me doerem os pés...o que não é difícil tendo em conta que tenho não uma bola de basket, mas sim um saco de bolas de basket atadas à cintura para levar para todo o lado.
Fiquei a saber\sentir que já não sabia o que era não fazer nada... E curiosamente tenho tido dificuldade em lidar com esta minha limitação. Eu sei que não deveria sequer falar assim, tendo em conta que grande parte da sociedade não se importaria de ter uns dias de não fazer nada, mas deixem-me apenas confessar isto... tenho medo de me habituar... custa a entrar no não ritmo. Chamo-lhe desintoxicação do ritmo ditatorial do relógio...e se nos primeiros dias tudo se estranha, o problema é quando se entranha...
Tenho a certeza que não vai haver tempo para entrar no clube dos desocupados (sim porque até há por aí bastantes...), daqui por uma semana o António vai nascer e vai ocupar todo o tempo que ele quiser e precisar.
Já chega de ócio. Não fui feita para isto... Podem começar a mandar os tomates podres e os assobios... isto não é defeito é feitio.