terça-feira, 17 de novembro de 2009

Quando for grande...

Quando for grande quero ser agricultora.
Viver do que a terra me dá e do que semeio nela.
Não depender de humanóides com humores e hábitos e intrigas e angústias... Esqueçer os milhões e os trilhões e todas as suas casas decimais e desvios.
Hoje apetecia-me largar este teclado e pegar numa enchada.
Juro que sim!

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

DM


Fui ver Depeche Mode.
Amei.
A mistura de gentes diferentes impressionou-me. Fiquei feliz por ver punks e góticos. Pensava que já se tinham extinguido, mas não... Vi yuppies de camisa e pullover às costas. Vi pessoas, muitas!
A música tem um poder formidável. Junta num só espaço estilos e pessoas tão antagónicas, de mundos tão diferentes...
A música tem esta vertente unificadora, junta vozes e gritos, som e ruído, luz e escuridão. Silêncio no fim... Enjoy it!

Words like violence
Break the silence
Come crashing in
Into my little world
Painful to me
Pierce right through me
Can't you understand
Oh my little girl

All I ever wanted
All I ever needed
Is here in my arms
Words are very
Unnecessary
They can only do harm

Vows are spoken
To be broken
Feelings are intense
Words are trivial
Pleasures remain
So does the pain
Words are meaningless
And forgettable

All I ever wanted
All I ever needed
Is here in my arms
Words are very
Unnecessary
They can only do harm

All I ever wanted
All I ever needed
Is here in my arms
Words are very
Unnecessary
They can only do harm

All I ever wanted
All I ever needed
Is here in my arms
Words are very
Unnecessary
They can only do harm

Enjoy the silence...

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Um problema que não é assim tão grande

Tenho um problema de pele, que não é um problema assim tão grande.
Fui à farmácia e pedi um creme que me acalmasse o problema, que não é assim tão grande.
Nasci com ele e quando ando mais nervosa, o problema que não é assim tão grande, manifesta-se e a pele da minha testa a modos que escama (qual cobra em processo de regeneração...)...
O problema tem um nome... e eu conheço-o bem.
Como dizia fui à farmácia e uma criatura com arames nos dentes e elásticos a ligar maxilares atendeu-me.
Como disse, pedi algo que acalmasse esta "escamação" e ao mesmo tempo hidratasse a dita... Nada de muito problemático, penseu eu...
A criatura de elásticos a ligar os maxilares, aproximou-se da minha testa, como se nela estivesse inscrita a epidemia mais rara de todos os tempos e com um ar altamente problemático: "a senhora tem um PROBLEMA e chama-se ...." o nome que eu já conhecia e sei que tenho desde que nasci...
Senti-me aliviada.
Por 5 segundos (o tempo da pesquisa científica da dita criatura à minha testa...) fiquei em pânico...Pela expressão da boca feita de elásticos e arames, imaginei logo um prognóstico aterrador e mortífero... mas não... O mais aterrador de tudo isto foram mesmo os elásticos (que se assemelham a saliva a colar os lábios, qual líder do PCP...) e a conta no final!!
Uma pessoa já não pode ter uma escamação básica que querem logo chamar-lhe um nome pomposo! Irra!

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Stand by

Tenho de partilhar isto.
Alguns amigos decidem juntar-se num sábado ao fim da tarde para lanche, jantar e convívio.
3 casais todos com pequenas criaturas - António de 1 ano, Clara de 1 ano, Matilde quase com 1 ano (pronto 8 meses)...
A comida tem óptimo aspecto, o vinho está no ponto, as conversas também... Tudo na boa, como é apanágio!!! Faz lembrar as jantaradas de Megéve, dignas de estrelas Michelin, não só a comida mas também a companhia...
Mas agora tudo mudou...
Há 3 criaturas que conseguem revolucionar um simples jantar...
E não falo apenas do moche que o António fez à Matilde, e da tentativa furtiva de arrancar o olho esquerdo à Clara... Isto é o menos... Estamos todos diferentes... enfim mais ocupados talvez!
Se um choraminga, o outro refila, se um tenta derrubar a televisão, o outro está com imenso sono... de vez em quando lá sossegam quando alguém se lembra de pôr o "Burro Inteligente" na televisão... Mas o sossego dura pouco, porque eles não têem o botão do "stand-by" activo e o António então está sempre em On até perder a pilha (que é daquelas que dura e dura...)!!
Mesmo assim temos de continuar a tentar! Da próxima pode ser lá em casa... ok?
http://www.rtp.pt/programas-rtp/index.php?p_id=25569&e_id=&c_id=8&dif=tv

Coisas que me irritam

Ora hoje é segunda-feira, por isso estou no direito de enumerar coisas-que-me-irritam:

- darem diminutivos às coisas como por exemplo - "queijinho", "sopinha", "frutinha", e tudo o que tenha inho e inha.... sem que haja qualquer intenção de diminuir seja o que for!

- chamarem "comer" à comida - comer é um verbo certo??

- cheiro a fritos na roupa e no cabelo

- malta que come de boca aberta

- migalhas

- não saber o que vestir

- pior ... não ter NADA para vestir

- o meio do mês

- o meio da semana

- domingo à tarde

.... vou suspender por aqui...quem quiser acrescentar já sabe!!

Ser-se multinacional

Trabalhar em ambientes multinacionais pode ser um bom indicador...
Leio isto vezes sem conta em anúncios de emprego e rio por dentro.
Os ambientes multinacionais são engrançados. São tão nacionais e portuguesinhos que dá gosto!!
Trabalhar em ambiente multinacional devia pressupôr "conviver" com as várias nacionalidades (daí a expressão), com as várias culturas, mentalidades, religiões e formas de ver o mundo...
De vez em quando sinto isso, mas muitas vezes vejo-me rodeada de portugueses que de tão multinacionais que pretendem ser, esquecem o que são, de onde vêem e das coisas boas que podem representar.
Assusto-me com facilidade quando vejo esses seres multinacionais a resistirem com tenacidade às diferenças e à multiculturalidade... Fico doente quando me apercebo que de tão multinacionais que são acham que a vida perfeita seria ter um copo do starbucks na mão, um donut na outra e muito cenário das séries americanas na cabeçinha.
Gosto cada vez mais das coisas simples que a nossa nacionalidade comporta... Gosto do cheiro dos mercados, gosto da bica a escaldar de manhã, gosto da boa comida e do saber receber, gosto de ver que ainda existem resistentes que querem defender o que é nosso e preferem as lojinhas de rua aos grandes centros hiper e superes que proliferam por aí.
Vivo orgulhosamente no centro da cidade mais bonita do mundo e todos os dias descubro nela coisas deliciosamente novas e engrançadas.
Esta foi a última... Fiquei fã.
http://www.biomiosotis.com/
Ser-se multinacional... Primeiro que tudo há-que ser nacional, bairrista, conhecedor do que é nosso, para poder partir e voltar com vontade de mudar ou não o que nos rodeia.