quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Bom natal para todos

Bom natal para todos.
Bom natal para mim e para os que eu mais amo.
Se possível sem varicelas, amigdalites, febres de 39º, benurons, brufens e afins..
Estou a embuir-me do espírito sem saber muito bem o que me vai acontecer nas próximas horas, dias...
A parte do aprender a ser mãe tem um capítulo lixado que se chama - Saber superar imprevistos! ... E agora que estou numa fase práctica e sabendo de antemão que apesar de ser "lixado", este capítulo ensinou-me basicamente a priorizar e separar o trigo do joio...
E o trigo é poder estar com quem mais gosto neste Natal, ponto final.
Estar.
É só isso que eu peço, se me for permitido ainda pedir alguma coisa.
Boas festas

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

ZZZZZZZZZ

o efeito do sono.
podia escrever um livro sobre isto.
tenho tanto tanto sono que podia dormir ferradinha ali sentada na WC...
mais uma noite branca, clara, com interrupções e deambulações.
malditas borbulhas, maldita constipação...
estou que nem posso!

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Esta é para ti mummy

Ontem fizeste anos.
Vieste luminosa como sempre.
Recebeste calor humano, um abraço especial, brincadeiras com personagens inventados...
Para variar deste mais do que te deram a ti.
É sempre assim contigo.
Quem tem mais sorte do que nós... ?
Ninguém.
Tu colas as peças todas, tens magia nos actos e nas palavras... Fazes falta a toda a hora, para todos, para mim.
Quando for mais grande quero ter e ser coisas tuas, apesar de saber que há sementes que por vezes não ficam e outras que sim até pegam e nasce qualquer coisa.
És linda mãe, sabias??
Um beijinho grande cheio de magia de estrelinhas...

e a varicela bateu e entrou..

No domingo de manhã, depois de mais uma noite com febre e benurons para trás e para diante, lá apareceram as desgraçadas... 3 na cabeça, 1 no pescoço, outra no peito, no braço duas... "Mãmã tem doi doi..." Não é bem isso, é mais comichão. "Tens borbulhas António.. vês?".. Ele ri-se e pede colo...
Finalmente vieram, pensei eu...
Antes isto que outra bicheza de nome estranho.
A febre estava a prolongar-se para mais do que seria normal...
Agora é aguentar mais dias em casa até ficarem todas as desgraçadas em crosta.
Viva a varicela!

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Eu e o termómetro

Eu e o termómetro temos dormido umas belas noites juntos.
Acho que somos unha e carne desde quarta feira passada.
O António começou com febrões.. que vêem e vão conforme o benuron fica ou não fica no corpo dele.. E eu ando louca da vida sem saber o que é que ele tem!
Ontem aterrei no Hospital da Luz com 2 horas de tempo estimado de espera e 2 doutoras apenas a atender as dezenas de crianças semi-despidas, com ar febril, que esperavam ao colo naquela sala absurdamente abafada e sem conforto algum. Não se entende como... num hospital daquela dimensão não só a sala ter aquela temperatura típicamente dos trópicos e mais importante que tudo o resto só ter 2 Doutoras a atender! A estimativa da menina das triagens não falhou por muito, foi só mais 1 horita de espera. Entre vários passeios versão runing atrás do Ántónio pelos corredores do Hospital, várias voltinhas no carrossel chamado escadas rolantes, várias escaladas aos sofás da sala de espera, 3 horas depois lá estava eu a ser atendida com o António a lançar charme à Dra. e a pedir-lhe com jeitinho "Cadenos e ápis para faxer dzenhos!"...
Depois de tantas horas de espera nós queremos ouvir tudo menos:
- Vá para casa, continue a dar os medicamentos da Febre ... e se isto persistir até sábado, vai ter de voltar.
Preferia ouvir:
- Ainda bem que está aqui. Tenho aqui a solução para o seu problema. É este xaropezinho com sabor a morangos colhidos numa bela e fresca manhã de inverno numa quinta no País de Gales. Uma colher ao deitar e a febre desaparece.
Mas como em tudo nesta vida de gaja, nunca é exactamente como nós queremos! E o pior de tudo é que o António continua com febre e hoje é sexta-feira.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Cor do Frio

A cor do frio está lá fora quando olho para longe através da janela.
A cor do frio é enevoada, quase prata..
Hoje está assim o dia.
Com cor de frio, como se a qualquer altura pudesse nevar!

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

eu e o festival panda

Eu e o Panda.
Eu sei de cor as músicas quase todas que vão ser cantadas e dançadas nesse festival.
Eu sei muita coisa sobre o Panda.
E amanhã é o auge de tudo isto. Um festival tipo Woodstock com muitas crianças e pais e mães e avós e avôs ... Tudo no Campo pequeno, esgotado, cheio para ver Panda e seus muchachos.
Antes o Panda que o Vila Moleza.
Antes o Panda que a Barbie no gelo.
Antes o Panda que levar pancada.
Sim.
Temos que definir prioridades e ser feliz com a vida que temos.
O Panda entrou em minha casa e eu não me lembro como.
É daquelas personagens que existem na nossa vida sem que nenhuma vontade própria tenha contribuído para tal. Entrou e ficou. E só vai sair sabe-se lá quando... E depois o que virá a seguir??
Eh pá antes o Panda do que aqueles que têm um vocalista que parece o Dragon Ball...zzzzz...
Sempre a priorizar!

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

And my third job is...

aprendiz de empreiteiro.
E no meio de telefonemas dou por mim em pleno escritório a falar de betume, vigas, cabos, projectores, azulejos, revestimentos, móveis...
E sempre a aprender percebo que uma simples remodelação de uma casa pode ser mais díficil e demorado do que um parto... e que apesar de todos os orçamentos há sempre desvios e mesmo com o pensamento positivo "vai correr bem", há sempre imprevistos!
Eu que sonhava com um closet antevejo que num futuro muito próximo bem posso esperar sentada!
Mas sim, este 3º emprego dá um prazer do catano!!

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Mensageira do Divino

Por outro lado...
Sinto uma luz interior quando faço pessoas felizes com pequenos actos de amor.
Esta semana estou (apesar do post anterior) com muita luz!!!
Organizei um jantar surpresa para a mana que fez 30 e foi um sucesso!
Amanhã é a vez de marido fazer anos e ele não faz ideia do presente fixe que lhe vou oferecer..
Fico completa quando dou de mim a quem amo.
Maravilhoso end of story...

Belzebus adormecidos

Viro bicho com pessoas que se vitimizam sem razões para tal.
Viro bicho com salamaleques, hipocrisias, discursos indirectos, falsas inseguranças.
Viro belzebu...
Viro diabo e fico assim.
A espumar da boca.
E acabo sempre por ser a má da fita.
End of story.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Galinha depenada

Este mês tudo acontece.
Aniversários importantes.
Obras na futura casa.
Casamento.
Roupa de Inverno que é preciso comprar para o filho.
Este mês qual galinha depenada, miserável, branquela, mas pronto feliz...!!!
Este mês, ou melhor esta semana vou jogar no Euromilllions!

Já joguei!

Perseguição

Sinto-me perseguida por um fantasma que nunca julguei existir em mim...
O fantasma da idade.
Sempre achei que a idade não contava para nada e que o que interessava era o que a pessoa pensava, como a pessoa vivia, ou seja para mim a máxima "a idade está na cabeça das pessoas" era algo irrefutável, indiscutível, inquebrável!
Eis senão quando dou por mim a reparar na idade das pessoas...
E também, para piorar a questão, a sentir-me desconfortável quando olho em volta e me apercebo que sou a mais velha!
Qual velha carcaça, e ainda por cima mummy, tento situar-me nas conversas e nas atitudes e apercebo-me que não vou conseguir explicar o quão marcante foi para mim factos como o Massacre do Cemitério de Dili, ou mesmo a entrada do Euro nas nossas vidas, a Expo-98 e porque não a queda das Twin Towers!!! Sinto arrepios nos cabelos quando me apercebo que perante a minha maturidade (prefiro chamar-lhe assim) de experiência feita, as pessoas eram apenas crianças de Escola Primária ou mesmo de Ciclo Preparatório...
Esta idade é tramada por isto. Conseguimos estar perfeitamente com a malta dos 20's, mas continuamos a admirar imenso quem já está perto dos 40's...
Conseguimos encontrar conversas super entusiasmantes sobre filhos e peripécias de ser mãe e estar sempre a descobrir novas coisas sobre tamanha experiência, mas temos de ter redobrados cuidados com o entusiasmo com o qual falamos do mesmo assunto às pessoínhas que nasceram depois de 85...porque elas/eles sentem quase repulsa pelo assunto (ou será que somos nós que ficamos tão ensadecidos que não nos apercebemos como rapidamente caímos no rídiculo e no exagero de babadisse maternal?)...
A verdade é que me sinto jovem, apesar de muita gentinha nova por aí me querer fazer sentir o contrário...
Apesar do alcóol já não circular com tanta frequência no organismo e os ouvidos já estejam desabituados dos mais elevados décibeis, sinto-me muito bem nesta casa intermédia dos 30.
A idade não conta, mas o tempo passa e há quem vá recolhendo o que interessa.
É o meu caso. Tenho a alma cheia de coisas que interessam!

!!!

é sexta-feira!
e chove para caraças!
e amanha tenho casamento!
e vou de vestido armada em dondoca!
quando queria era ir de samarra ou mesmo de gabardine (sem nada por baixo é claro....!!) !!!
e apetece-me tanto como levar dois pares de estalos!!!
!!!!
nota-se alguma revolta ou nem por isso?

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

E o horóscopo diz

faça coisas triviais... Vá ao cinema, ao teatro, esteja com os seus amigos...
Leia literatura leve que a faça rir e descontraír.
Como?
Estou numa das fase mais stressantes de um ano de trabalho.
É segunda-feira mas a cabeça está em modo-quinta... como se uma semana inteira de trabalho já tivesse passado por cima de mim...
Como?
Faça coisas triviais...
Hoje sinto-me vesga.. esqueci-me dos óculos em casa.
Vejo tudo nublado.
Segunda-feira em modo quinta muito fixe...

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

K.O.

Esta semana foi de loucos!
Imenso trabalho!
Imenso stress!
Noites com poucas horas de sono.
Birras do António a toda a hora...
Porque quer comer sózinho.
Porque não quer comer.
Porque quer o Noddy.
Porque não quer o Noddy.
Porque é de noite.
Porque é de dia...
God!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Preciso urgentemente de um fim de semana e de um curso intensivo de psicologia infantil.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

La Fúria

O outono vem aí...
e eu continuo a sentir que nada tenho para vestir, calçar...
Impressão minha ou anda tudo assim?
A culpa de tudo isto só pode ser das amplitudes térmicas...
E depois chamam-lhe a fúria consumista.
Então se uma pessoa não tem o que vestir, tem de comprar não é??

1º concerto

Ontem foi a estreia do António num concerto de música clássica.
Á segunda tentativa conseguimos, já que na primeira vez fomos traídos por uma daquelas coisas acabadas em "ites" (bronquiolite...) que nos impediu de ir já com bilhete comprado e tudo. Desta vez fomos mesmo. Explicámos tudo. O que ia acontecer, os músicos, os meninos, tudo...
Quando esperávamos por entrar na sala de concertos, o António tentou fugir para a porta com o seu passo ágil como sempre...
Pensámos claro que o que ele queria era brincar na rua como é normal em crianças da idade dele.
Sempre de pensamento positivo lá fomos os três ouvir os sons das trompas e trompetes, acompanhados claro está, pelos guinchos, berros e birras das dezenas de crianças e bébés que lá estavam.
Uma coisa que eu sei que o meu filho não suporta é estar sentado muito tempo num sítio.. Ele tem alma de Tom Sawyer e gosta mesmo é de acção, por isso um concerto de música para bébés a dar para o intelectual, sabia eu que à partida poderia ser desastroso...
Mas não foi.
O António bateu palmas no fim das canções.
Achou muita piada quando de repente ficou escuro e surgiu uma luz azul...
Pediu uma bolacha claro!
E a poucos minutos do final começou a gritar "Quél il p casa!"... O que arrancou alguns sorrisos de algumas pessoas que ouviram... e meus também. A franqueza dele deixa-me derretida confesso.
Correu bem.
Percebi que se houvesse uma bola e um descampado o António ficaria muito mais entusiasmado...
Mas acho que é mesmo importante habituá-los a determinadas coisas.
Coisas diferentes.
Desafios.
Um dia se ele quiser gosta ou não gosta, escolhe ou não escolhe, mas enquanto for possível eu vou mostrar-lhe as várias opções que o mundo oferece.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Ontem a moda abriu as portas à noite...


e eu desci a Avenida da Liberdade e entrei em (quase!!) todas as lojas para ver, apreciar, ousar, sonhar com malas, casacos, botas e demais bens que qualquer mulher gostava de ter!

Foi óptimo ver aquela avenida linda cheia de gente!

Foi óptimo bebericar champagne quando apreciava uma bela mala-saco Prada que custa quase um ordenado (bruto!!) ...

Foi surpreendente comer (e este à borla!) o último gelado Santini que ofereciam na Fashion-Clinic...

Foi fantástico o meu passeio com a minha amiga Carla pelas ruas desta cidade que eu amo e pela qual sou fascinada!

Faltou a ida à Khiels... mas fica para uma próxima!

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Monstro das Bolachas


Depois da 6ª bolacha maria que comeu de enfiada e com o mesmo ar de esfomeado...

- Mãmã, batata, batata, batata... (*)

- Outra António?

- Outa batata, batata, batata...

- Tu pareces o monstro das bolachas!!

- Mouto batata, mouto batata...

E assim ficou. A repetir que era o Monstro das Bolachas, personagem que nos marcou a todos na suas espectaculares aparições na Rua Sésamo, e que o meu filho não conhece visualmente, mas com o qual tem uma infinidade de pontos em comum... Não só o gosto em comer bolachas mas a form a como o faz, com o rasto de migalhas que deixa à sua volta...



(*) Batata é bolacha na linguagem do António... Faz questão de gritar "Batata" quando quer uma bolacha. Quem não sabe, ou seja o comum dos trausentes que assista a uma destas cenas pensa que o meu filho só come batatas e que a crise chega mesmo a todos!


sexta-feira, 3 de setembro de 2010

O dia do julgamento "não final"

Hoje todos os olhos estão virados para a leitura da sentença do caso mais longo da justiça portuguesa...
Por entre várias opiniões mais científicas ou não, e depois de tantos recursos, de tantas reviravoltas, de tantas testemunhas (mais de 1000 julgo!), confesso que estou super curiosa em relação ao que vai ser sentenciado!
E mesmo sabendo que a Justiça Portuguesa tem uma relação muito própria com o sinal matemático mais infinito... e que os recursos são possíveis até à exaustão, estou ansiosa para que algo saia dali.
Independentemente de tudo, o julgamento público já foi feito, e as vidas de todos os envolvidos jamais serão as mesmas, mesmo que a inocência lhes seja atríbuida.
Claramente o dia-a-dia de todos nós mudou depois de rebentar esta bomba.
Olhamos para o desconhecido com mais receio e com mais temor.
As nossas ruas e os nossos jardins já não têem crianças a brincar sózinhas.
Os pais passaram a estar mais atentos e mais alarmados.
A vida tornou-se mais dura, mais complicada, mais aterrorizante.
Tudo se tornou mais cru, mais exposto, sempre existiu pedofilia, mas ninguém queria falar nisso, ninguém podia apontar o dedo, agora... abriu-se uma brecha e não podemos negar os efeitos que isso trouxe para as nossas vidas particulares e para a sociedade que nos rodeia.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

MM'S


5 por noite, nem sabem o bem que vos fazia!!!

Quando acabarem vou chorar e ...

comprar mais!

Quando o touro vem de mansinho

e nos fala como se fôssemos muito amiguinhos...
e nos olha nos olhos com meiguiçe...
e não mostra o mínimo de altivez ou superioridade...
e não transmite aquela mensagem subliminar - vais levar uma marrada minha!
Quando alguém a quem apelidamos de "Master in Command" vira compincha, a malta fica com medo, muito medo...

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Os homens e as doenças (as a sério!!!)

Ainda ninguém me conseguiu explicar por que é que os homens no geral (claro que há excepções...) são tão pouco "machos", "fortes" e "valentes" quando estão um bocadinho doentes...
Toda a vida, desde que se lembram de ser gente, levam com a cultura macho-men "tens de ser forte, tens de correr muito, tens de saber jogar à bola, não podes chorar porque os homens não choram, não sejas maricas, faz moche, engata miúdas, bebe cerveja, tens de ser o garanhão, tens de ser isto e aquilo..." mas penso que nunca lhes disseram "quando estiveres doente, pensa apenas sobre isso, faz-te de vítima, pensa que és um desgraçadinho, que te vai cair o braço esquerdo só porque tens uma dor de estômago, queixa-te muito, não te levantes da cama para nada, faz beiçinho, esqueçe a parte do macho-men e vira florzinha..."
Por que é que isto acontece?
Alguém sabe?
Alguma teoria sociológica irrefutável?
Se sim e para o bem da sanidade mental das mulheres deste planeta blogosferico digam qualquer coisa!

Guilty pleasures


Ontem perguntaram-se se eu não tinha...

e como toda a gente que se preze, tenho!

e vários...

Aqui vai um


e outro


e outro



entre muitos outros bem mais pirosos, mas confesso que sei as letras de trás para a frente e se tenho a sorte de ouvir no carro, ponho o volume no máximo...

Tenho de sintonizar a Romântica.fm, está visto!!!

Sem sentimentos de culpa!

Doença

Sofro de uma pandemia grave...
Síndroma traumatico pós-férias, ou melhor dizendo sensação-estranha-de-que-não-vou-ter-férias-tão-cedo.
E esta doença manifesta-se das mais incríveis formas, passo a exemplificar:
- Comprar roupa de verão como se ele estivesse a começar
- Ver bikinis nas lojas e gostar de todos
- Pesquisar viagens na net como se não houvesse amanhã
- ver o tempo no windguru para todas as praias que conheço e para as que não conheço
- armar-me em agente de viagens para os amigos que ainda não foram de férias e ter montes de inveja deles (Sentimento bom...)
- não conseguir arrumar os bronzeadores e as toalhas de praia...
- entre outros

Ontem percebi que o António sofre da mesma doença e não há vacina para isto!!
Quando chegávamos a casa da avó começou a gritar "Mãmã, mãmã, PAIA, PAIA!! Paia caqui..." (traduzo Mãmã a Praia é Aqui!!)... Ao que eu respondi: -Não António, ali é o Rio Tejo....e não a praia...
Ele não ficou muito convencido e acho que por breves momentos na sua imaginação de dois anos, as margens do rio Tejo podiam perfeitamente ser a praia...
E porque não??

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Intimos

Estou a ler e a amar.

Leãozinho

o António regressou das suas férias.
Foi um mês e meio de praia, pinhal, relva e piscina.
Cresceu tanto que vou ter de lhe comprar outra cama.
Ontem à noite quando entrou no seu quarto ... disse "quáto!!" e ficou deslumbrado a matar saudades dos brinquedos e dos livros.
Hoje vão estar quase 40º nesta cidade... e ele em casa com a avó.
Espero que corra bem.
É como aprisionar um leãozinho selvagem depois da vida em liberdade.
E o meu coração de mãe leoa (para variar) sempre ansioso!
Enfim... mãe sofre.

Mosquito

Ontem fui atacada por um exército de mosquitos gigantes.
Autênticas metamorfoses biologicas...
Pareciam emergir da relva e picavam com uma subtileza tal que só quando a bela da picadela começava a inchar é que nos apercebíamos da guerra aberta que ali estava!
Mosquitos gigantes, parecidos com melgas.
Silenciosos e subterrâneos...
Hoje, sentada na minha cápsula anti-mosquito, cercada de paredes e platex, respiro ar altamente condicionado e frescamente artificial..
Aqui não há mosquito que resista, só mesmo humanóides e computadores.
Mas as belas das babas estão cá e não me deixam esquecer a condição inferior de humana face à natureza rude, selvática e cruel que existe lá fora...

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Ginásio

A luta continua.
Ginásio.
7 da manhã.
Tenho a Ally Macbeal num dos ecrãs espalhados pelo ginásio que me salva o coiro quando quase morro em cima da bicicleta... Aos 2 kms já não sei pronunciar o meu nome completo e tudo à minha volta roda...
Sim Ginásio.
Porque tem de ser.
é das tais coisas, estou a aprender a gostar.
Olho à minha volta, depois da bicicleta claro, quando tento levantar uns pesos ... e vejo muitas como eu. Em esforço, e lá estão sempre. Será que vêem todos os dias?- pergunto-me..
A dieta já lá foi.
Mas foi dura e cara.
Agora é manter.
Tentar não engordar.
Sofrer por isso.
Aprender a gostar.
e viver...

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Sagres



A última etapa de férias foi neste cantinho. Todos os dias tivémos este postal à janela enquanto preparavamos o jantar. Aqui consegue-se (ainda!) encontrar alguma paz, algum silêncio, alguma beleza selvagem. Felizmente não estivémos nos dias que concidiram com o Festival. Pelos testemunhos que ouvimos não só de pessoas que cá passavam férias, como também de pessoas que vivem cá, a vila torna-se um pequeno inferno!
Escápamos ao caos, mas sentimos uma tremenda invasão barulhenta e confusa de espanhóis.
Na praia, no café, nos bares, nos supemercados... espanhoooooooooiiisssssssssssssssss!!!!!! Aos magotes, em bandos, sempre com os botellons na mão e a música da Shakira no corpinho e no sorriso vitorioso e altamente perturbador.
Sagres é uma vila pacata, com alguma animação nocturna (pouca mas com qualidade!! e sobretudo com óptimo ambiente!), com praias lindas e para todos os gostos (surf, windsurf, aguas calmas, aguas revoltas...), com bons restaurantes. Para Sagres vão pessoas que procuram um bocadinho de tudo, mas sem artefícios, sem pseudo jet's, sem malta silly (*), procuram respirar principalmente, ouvir apenas o barulho do mar, apanhar umas ondas, ler um bom livro na praia, comer bom peixe, beber o melhor mojito à conversa com amigos de chinelo no pé!
Isto é Sagres. Uma vila bem portuguesa, virada para o mar nas suas diversas direcções, onde todos os estrangeiros são bem-vindos desde que respeitem o sítio e quem lá vive!
Nada parece manter-se assim perfeito e temo que se nada for feito, as belas praias de Sagres vão ser cada vez mais acampamentos selváticos de espanhóis que trazem a roulotte e as tendas gigantes e abancam sem que nada os impeça de sujar, fazer ruído, estragar o que ainda temos de tão belo e selvagem.
Li um artigo super realista, talvez até um pouco alarmista, mas que reflecte tudo o que eu vi e senti nesta última semana de férias..
Há que ler e fazer alguma coisa.
Selvagens nas dunas
Clara Ferreira Alves (www.expresso.pt)
0:00 Quinta feira, 19 de Agosto de 2010
Não dou cinco anos ao 'paraíso' da Costa Vicentina.
Já não é um segredo bem guardado. A Costa Vicentina é um dos últimos paraísos na terra. Pode ler-se em qualquer revista, brochura, folheto, guia. O desabrido oeste algarvio, batido pelos salgados ventos do Atlântico e os sopros do sul, que trazem de África a secura do deserto, começa a ser invadido. Invadido não só pelos operadores turísticos que insistem em contar o palmo de terra em "camas", 600 camas para aqui, 300 camas para ali (com a mercê do PIN, a mais sinistra invenção para atacar a paisagem protegida) mas também pelos turistas de caravana e tenda, avatares dos turistas de pé descalço. Em vez da mochila trazem uma casa ambulante, com estendal de roupa, tachos e panelas, mesas e cadeiras, lava-loiças, detergentes, latas e abre-latas, geleiras, garrafões, lençóis, baldes, duches. E trazem os cães. Muitos são alemães, muitos são espanhóis. Alguns ingleses e holandeses.
Percorrem as estradas da Europa naquelas casas de portento e chegam ao último paraíso. Entre a ponta de Sagres e Aljezur, o pedaço de paraíso onde costumo pousar, a praga do caravanismo e do campismo selvagem aumenta todos os anos. Invadem os parques de estacionamento da praia, ocupando dez lugares com a caravana, a mesa e cadeiras, as loiças sujas, as bicicletas, as pranchas de surf e a tralha. Estacionam nos melhores postos da falésia e ali ficam dias a fio, um verão inteiro, tapando o horizonte com as carripanas, bebericando cerveja e vinho ao pôr do sol, comendo latas de conserva e pão de plástico em fatias, trazido dos supermercados dos países onde habitam. Esta espécie de selvagens semeia à sua volta o lixo e a desordem e não gasta um tostão na aldeia ou no país que os acolhe sem cobrar. Os selvagens lavam a loiça na fonte da aldeia, deixando restos de detergente na água, entopem os caminhos e as dunas e nem chegam a conhecer a gente. Não frequentam restaurantes nem compram em lojas. Chegam, acampam, partem.
Os espanhóis são mais ousados do que os alemães e quejandos. Chegam com as litronas de cerveja e montam as tendas na praia, sobretudo nas praias não vigiadas e de difícil caminho, e por ali ficam, libertos de qualquer autoridade que corra com eles. As tendas são tendas beduínas, com metros de comprimento e cheias de comodidades. Uma das tendas serve de bar/restaurante. Vão espalhando o lixo na areia e na vegetação, defecando nas dunas, usando a paisagem como casa de férias. Grátis.
As autoridades portuguesas, com a tradicional bonomia, desorientação e incompetência, remetem umas para as outras a impossibilidade de travar a selvajaria. A polícia diz que não vale a pena multá-los porque eles não pagam e não existe um modo de os fazer pagar. Rasgam o auto. Uns dizem ainda que a lei europeia os impede de multar, uma fórmula inventada para nada fazer. Os da Conservação da Natureza e Biodiversidade, ICNB, chutam o problema para a autarquia e a autoridade, e a autarquia construiu o parque de estacionamento, como se isso a livrasse de responsabilidades. Um parque de estacionamento não é um parque de campismo selvagem. Resumo: ninguém mexe uma palha e Portugal oferece aquilo que qualquer país europeu regulamenta e faz pagar. Nenhum destes caravanistas e campistas ousaria fazer isto num dos parques e lagos da Alemanha ou nos parques de Espanha. Seriam removidos e multados.
Num passeio pelas dunas da praia do Amado verifiquei com os meus olhos os resíduos da selvajaria. Havia meia dúzia de tendas iguais às dos alpinistas, curvadas pela nortada, e duas tendas gigantes. Ao todo, uma vintena de selvagens caminhava por ali, nus ou com fatos de surf. A areia estava cheia de latas, garrafas vazias, restos de comida, sacos de plástico, pacotes de leite vazios, dejetos.
Em compensação, o português que era o concessionário do segundo bar da praia foi corrido do local pelos donos do terreno (privado) e até hoje impedido de assentar arraiais. Deram-lhe um cimo inóspito, junto dos carros, com cheiro a tubo de escape, sem água nem eletricidade, e onde nem um chapéu de sol se aguenta com o vento. Um gerador alimenta a caravana que serve de restaurante de praia, e o que era um bar decente e bem gerido, agradável à vista, abrigado, com comida decente e servido por gente decente, que beneficiava a praia e os que a usam decentemente, tornou-se... uma rulote. Parece que a única solução agradável para as autoridades, tão zelosas em repreender os portugueses e em vergar a espinha aos estrangeiros, foi o caravanismo obrigatório do restaurante.
O Plano de Ordenamento do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e da Costa Vicentina está a ser ultimado. Vamos ver quantos anos vai esta região durar antes de chegarem os 'pinados' campos de golfe e os hotéis, as camionetas dos turistas de pacote, substituindo e matando o turismo rural que é o único adequado ao 'paraíso'. Não dou cinco anos ao 'paraíso'.
Texto publicado na edição do Expresso de 14 de agosto de 2010


Férias - correr, correr, correr







Férias - bola bola bola


Férias - as primeiras lições


segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Férias - logística

Duas semanas de rabo de molho.
A fazer poças e piscinas, com muralhas e torres.
A ensinar que os bolos que fazemos com os baldes não são para comer... apenas para esmagar com o pé ou com a mão.
A correr pela praia fora atrás de um piolho de calções e fralda de fora.
Mar quente - média 24/25º.
Sol abrasador.
A chamada vida de toldo...
E cansativa também.
Sim porque bikini+pareo+chinelo no pé é coisa do passado.
Agora é mais bikini+pareo+chinelo+sacos com toalhas, calções, fraldas, t-shirts, protectores solares, lancheira com iogurtes e bolachas ( "guguis e batatas" na linguagem do António) na mão esquerda e saco com baldes, pás, forminhas, carros, ancinhos entre outros instrumentos de arremesso e inquestionável utilidade na mão direita...
O que dizer sobre esta pequena alteração logística?
Nada a dizer.
Fui feliz nesta semana de toldo.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Fui de férias


Já chega de tanto trabalho.


Já chega!!!!!


Basta!


Até daqui a uns dias!


Até ao meu regresso.


Fui... de férias!

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

A dieta


Houve um dia que olhei-me toda nua em frente ao espelho e fiquei deprimida.

Tremendamente deprimida.

Pensei que passasse.

Julguei que como normalmente acontecia, bastava acabar com os chocolates e com as bolachinhas para a coisa passar e o espelho voltar a ser generoso.

Mas não.

Os trinta não são os novos 20. Essas teorias são óptimas para vender revistas, mas terríveis porque alimentam falsas esperanças.

Os trinta são muito fixes, porque temos mais maturidade do que aos 20, sabemos o que queremos e o que não queremos, temos força para dizer que não e audácia para dizer que sim, temos mais dinheiro e mais dívidas, conduzimos veículos com ar condicionado, podemos comprar roupa sem ser só na Berska, há quem diga que ficamos sexualmente mais activas... enfim... mas como em tudo na vida há um reverso da medalha.. E quando pensamos que basta fazermos o que fazíamos aos 20 para que tudo seja igual...percebemos que não é bem assim.

E foi assim. Com muita força do meu mais-que-tudo, que nestas coisas é sincero por muito que custe ouvir, lá fui, bastante reticente é certo, a uma clínica dessas que proliferam por esse país fora...

Na clínica fui pesada, medida e observada e avaliada. Senti-me uma foca com pneus michelin, mas com força para dar cabo deles. Durante umas semanas portei-me bem e fui perdendo massa gorda e peso... A alimentação? Muita àgua, muitos líquidos, muita proteína, zero hidratos de carbono, zero açúcares, zero tudo o que é bom. Perdi os kilos que queria e ganhei a auto-estima.

Fiquei mais gira e mais feliz. E o melhor de tudo, ganhei novos hábitos alimentares e uma nova e renovada força por me sentir bem por fora e por dentro.

Agora tento manter. E esse é o maior desafio de todos.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Sou Benfica


Ontem fui ver o Benfas.

Há muito tempo que não o fazia e percebi que facilmente vou querer voltar ao estádio.

O Benfica faz parte da minha vida.

Tenho na alma a chama imensa e confesso que me arrepio desde a unha do pé até à ponta do cabelo, quando ouço aquele hino, quando sinto aquela energia vibrante, quando a Àguia sobrevoa majestosa as milhares de pessoas que aplaudem e vivem como num ritual toda aquela festa mágica do futebol.

Ser do Benfica é ser do povo.

E eu gosto disso.

O Benfica perdeu, mas não faz mal.

Gostei na mesma.

Voltei aos meus 10 anos e à euforia de ver o Glorioso a jogar ali tão perto.

Foi muito bom.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

31


O que dizer?

Ainda tenho 31 e muito para ver e viver, quero acreditar que sim

Tenho 31 e ainda sou surpreendida com festas-surpresa e gestos de amizade dificeis de descrever.

Estou crescida, mas cada vez mais romântica com a vida.

Estou cota, mas continuo a cantarolar músicas espectaculares no carro a caminho do emprego.

Já não sou nova, mas sinto-me bem por dentro e por fora...

O que dizer?

Que tenho plantado as sementes certas?

Que tenho tido sorte com as estações da vida?

Que o sol brilha muitas vezes para mim?

Que sou abençoada com as pessoas que me acompanham?

De tudo um pouco talvez.

E acreditem que agradeço todos os dias por tudo.

Sou feliz e ponto final

A operação

Aconteceu já quase passado 1 mês.
Andei stressada, preocupada, enervada, mas correu bem.
O António pôs tubos nos ouvidos e retirou os agenóides.
Para recuperar audição (que já estava a perder nos dos ouvidos) e também para (tentar) acabar com a série de otites...
Correu bem. Com anestesia geral e tudo...mas correu bem.
E mais uma vez surpreendeu tudo e todos com uma resistência e boa disposição fora de série.
3 dias depois já corria atrás dele nos jardins da Gulbenkian.
O meu filho é uma força da natureza.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Alerta vermelho

Tenho a mioleira frita com este calor..
Já não venho aqui há mto tempo eu sei... mas mesmo que quisesse escrever algo com graça teria dificuldade ...
Este calor tolda-me tudinho..
Não há vontade para fazer nada!
E quando digo nada é nada!
Nem escrever baboseiras.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Berlim

Aqui estou eu sem espinhas.
Berlim continua a ser uma cidade fascinante, não tanto pelas pessoas, mas pelo movimento, pelos edíficios, pela modernidade e pela carga histórica!
Muito trabalho, muitas reuniões para desbloquear coisas, pouco tempo para o passeio e para o sightseing...
Muito mau tempo.
Chuva e frio, ao contrário de Portugal, onde já chegou o tão aguardado verão.
Aqui nem por isso.
Não sei como é que esta gente consegue "sobreviver" sem sol e com 12º em pleno Maio... Enfim! Há coisas que têem um valor inestimável e são insubstítuiveis...
Sol, mar, bom café, e saudades de casa...
Uma mulher nunca está satisfeita!
beijinhos

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Monday

Estou com uma alergia daquelas de perder o nariz em três segundos...
Está sol e parece que vem aí calor.
Estou feliz, mas tão entupida e ranhosa que não sei não...
Alguém pode fazer o favor de aspirar o pólen que anda aí no ar??
Esta semana vou para Berlim (se o vulcão não acordar e não me lixar a vida!)...
é a minha semana de liberdade... sem fraldas, sem banhos, sem babetes, sem António... Enfim vou ter saudades dele, mas de vez em quando também é bom saír da rotina.
e ele fica bem entregue com o seu papá!

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Estado da Nação

É bom que venha o bom tempo.
É bom que venha o Mundial.
É bom que venham os Rock in Rios e os Sudoestes..
É bom que venha a praia, o mar, as festas no "SHASHA" e a tão "espectacualr" silly season..
É bom que venham sardinhas boas e gordas e cervejas frescas e loiras para os Santos Populares..
Ainda bem que o Benfica foi campeão.
Ainda bem que o Papa anda por aí a distraír algumas alminhas.
É bom... porque se estivéssemos em Outubro, sem futebol, sem sardinhas, sem sol, sem mar, sem Papa, sem nada, ia ser bonito, ia... ui ui...

Life goes on

E a felicidade de abraçar o António e levar muitos beijinhos dele.
E a vida vale mesmo a pena, ok?
Isto está quase a passar..

Pânico

Nesta semana de frio e chuva, alguém sobrevive a uma quase Primavera, a custo...muito custo.

Vivi uma das experiências mais fortes da minha vida e sobrevivi, por sorte, acaso, destino ou simples circunstância.

No passado fim de semana fui descer o Rio Tâmega em rafting com as pessoas com quem trabalho. A infeliz ideia de irmos 7 raparigas e 1 rapaz no mesmo barco poderia ter acabado pior... O rio estava cheio, como seria de esperar depois de um inverno tão chuvoso e tão prolongado.

A criatura que seguia connosco enquanto monitor fazia lembrar o GI-Joe ou mesmo o Johny Bravo, muito músculo, muito insuflamento, mas pelos vistos pouca experiência..

Ao primeiro rápido o barco bateu numa rocha (que o monitor não viu), virou e atirou quem ia nele para a corrente do rio.

Pânico.

Pânico de não conseguir vir à superfície.

Pânico de bater contra as rochas.

Pânico de querer respirar e beber àgua.

Pânico de não querer morrer já....

Foi horrível.

E por muito que tente ser leve e positiva na avaliação que faço desta experiência, só consigo dizer que não teve piada nenhuma.

Fomos todos arrastados pela corrente do rio.

Alguns ainda atravessaram mais um rápido com o corpinho (o meu caso)... e acabaram por ser resgatados pelos barcos do resto da equipa...

Algumas luxações, arranhões e dores musculares foi o que sobrou de tudo isto.

E o trauma sem dúvida.

A lembrança daqueles segundos (que pareceram horas) tremendos em que só ouvia uma voz interior a gritar - Agora NÃO!!!!

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Otite

O António está novamente doente.
Mais uma otite.
Malditam sejam estas bichezas que atacam os ouvidos do meu pirralho!
Este ano já foram 5..
Já chega não?
E o Verão que não chega...
E a praia que tanta falta lhe faz.
Hoje lá ficou sentadinho a ver o Noddy, de pijama vestido e olheiras nos olhos, testemunha de uma noite mal dormida.
E eu cá vim com vontade de o trazer comigo... tirar-lhe a otite do ouvido e mandá-la numa caixa para a Sibéria!

segunda-feira, 26 de abril de 2010

António no campo

O António passou a sua primeira semana de férias no campo com os avós.
E cresceu.
Abriu cores.
Veio forte e ainda mais destemido.
Brincou horas no quintal, apanhou bichos, deu festas aos cães, pronto meteu as mãozinhas dentro da boca dos cães para ser mais precisa, viu animais como ovelhas, vaquinhas, coelhos, foi feliz!
Eu que sou bicho que cresceu no campo e as minha brincadeiras eram passadas no quintal a mexer nas ervas e no cães, nas corridas e nos jogos de escondidas, nas idas à mata e nas aventuras de bicicleta, gostava muito de poder dar isso ao António sempre que possível.
Por vezes fico triste quando penso que ele não vai ter isso sempre como eu tive...
Fico louca com as crianças que passam a infância agarradas à playstation e ao computador.
Hoje voltou à creche, à sala pequena dos meninos do bibe azul, ao pão com manteiga a horas certas, à história no tapete, às regras do seu escritório.
Prometo que sempre que puderes vais ter vida de campo, férias no campo, férias na praia, vida ao ar livre.. ai vais, vais! E vais ser feliz sempre!
Palavra de mãe.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Adé Té

Amanhã vai ser daqueles dias de mistura de emoções.
Sempre te dei força para seguires o teu caminho, a tua vontade, a tua intuição.
Sabia que mais dia menos dia isto ia acontecer.
Não foste feita para desistir à primeira, nem para te deixares levar pela zona confortável da vida, da qual muitos não conseguem saír.
Vais para outro lugar, para outra cidade, para outros amigos, para outros convívios e para outros desafios.
Eu fico a torçer por ti mana, porque acredito que vai correr tudo bem.
De coração apertado, porque de vez em quando também sou lamechas, mas sempre aqui para o que der e vier.
Boa viagem Té.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Nas nuvens

Recebi um telefonema.
Borboletas na barriga.
Sim borboletas na barriga, como quando temos as nossas paixonetas de adolescentes inseguros e idealistas.
Estou nas nuvens.
Adoro surpresas. Adoro!

segunda-feira, 19 de abril de 2010

o vulcão e eu

Um vulcão entra em erupção.
A vida muda.
A natureza mexe e diz em letras garrafais - SOU PODER!
A malta humanóide encolhe os ombros e desespera nos aeroportos.
Um vulcão.
Uma nuvem feia.
Um aglomerado de pessoas.
Aviões parados.
Uma viagem a Berlim adiada.
Mala no carro.
Marido em Paris.
Baby nos avós.
Semana em Lisboa alone.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Menina não entra


Há coisas em que mulher que se preze não entra.

Não vale a pena virem com a história da igualdade entre homens e mulheres.

Não pega, não cola e vão ser precisas muitas manipulações genéticas e umas centenas de anos de evolução científica para encontrarmos equivalências e igualdades totais entre a essência de um homem e de uma mulher.

Sim sou defensora da igualdade de oportunidades para ambos, de direitos, de deveres. Mas... sempre com diferenças.

Nós (mulheres) somos tão esquizofrénicas com o detalhe da vida e das coisas que cansamos qualquer homem (homem) com as nossas divagações psico-filosóficas do que e de quem nos rodeia (ou não...). Tudo é fruto de análise e de comparação, pouco ou nada que seja interessante e digno de uma conversa profunda nos escapa. E há que dissecar o assunto até à exaustão.

Eles (homens) fogem do detalhe a sete pés. São simples e chatos, sem interesse pela profundeza das conversas, unicamente concentrados em unitasks, em futebol, em carros, tudo menos a complexidade das relações, filosofias e afins.

A turma da Luluzinha e a turma do Bolinha podem misturar-se e dar-se, nascem, crescem, namoram, casam, procriam, discutem, convivem, todos juntos. Não são àgua e azeite, mas são àguas diferentes com formas diferentes de ver e viver o mundo.

Porém há clubes, como o do Bolinha, onde menina não entra e isso é de respeitar. Há conversas que só se têem entre mulheres e conversas que (provavelmente) só se têem entre homens. Quem não entende isto não é deste mundo, ou então prova que para toda a regra há uma excepção. E quando conheçemos excepções destas, os homens acham e pensam simplesmente - "É fixe.", já as mulheres fazem relatórios e statements profundíssimos sobre a razão da diferença... Contra mim falo.

quarta-feira, 24 de março de 2010

D.Rosas venham elas

Somos invadidos por histórias de violência na escola.
Os empurrões, as lutas de recreio, os calduços, as chapadas, os arranhões e arrancar cabelo e escalpe, tudo isto foi compilado num pomposo estrangeirismo - bullying...
Sempre houve.
Quem não se lembra de prácticas escolares como a ida ao poste, as lutas entre turmas, os nomes, os palavrões, os insultos, a discriminação, tem graves problemas de amnésia!
A diferença?
Não sei bem porque não conheço a realidade escolar de hoje.
Mas lembro-me da D.Rosa. Uma senhora gigante que metia respeito aos calmeirões mais mal comportados, que tinha uma sala estrategicamente colocada no corredor onde era fácil e recorrente ocorrerem cenas mais violentas e para o qual podiam fugir aqueles e aquelas que sentiam medo, frustração, raiva, fúria e desespero por não se conseguirem defender sózinhos.
A D.Rosa não era da polícia, não era professora, não era directora, nem advogada. Era uma simples contínua que protegia os oprimidos e enfrentava os mais desordeiros.
Pergunto-me se ainda existem D.Rosas nas escolas que permitam que miúdos e miúdas se espanquem entre eles ao ponto de irem parar ao hospital...
Provavelmente as D.Rosas foram substítuidas por gabinetes com psicólogos (que não duvido que façam sentido lá estar ) que pelos motivos óbvios nada podem fazer...
Mais uma vez não entendo.
Sempre gostei de andar na escola.
Só chorei quando entrei para a escola primária porque tinha uma professora que gritava todo o dia e tinha um ar de psicopata que me fazia tremer, vomitar, implorar para não ir à escola... E isto durou até me mudarem de turma e eu voltar a gostar da escola. E gostei sempre.
Talvez porque me sentia segura e protegida. Talvez porque cresci e aprendi com liberdade e responsabilidade. Talvez porque sabia que se pisasse o risco estava tramada, não só porque havia D.Rosas, mas porque tinha que prestar contas em casa...
D.Rosas, venham elas!

sexta-feira, 19 de março de 2010

Obrigada pai

Hoje é dia do pai.
Hoje é dia e todos os dias são dias.
Pai é pai.
Longe, perto, presente, ausente, participante, alienado, pai é pai.
Faz parte de nós, da nossa estrutura óssea e espiritual.
Para uns pode ser o exemplo a seguir, para outros pode também ser algo que se quer esqueçer.
Sou quem sou porque tenho um pai na minha vida que, além de me ter gerado, passou-me as principais diretrizes do que era suposto ser enquanto pessoa e muitas vezes sem se aperceber ensinou-me a ser alguém com príncipios e valores. O que trago de mais precioso nesta vida e que quero transmitir e passar aos meus filhos, foi ele que me deu e por tudo isso sou uma pessoa feliz.
Obrigada pai por me teres feito assim e por me dares o melhor mapa para atingir o verdadeiro tesouro da vida - ser feliz.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Choné

Estou farta de chuva, mas super feliz por ser sexta-feira.
E sinto-me uma choné feliz.
Despedi a Leila Louca e contratei uma Ana Portuguesa e legal...
Continuo feliz
Para a semana começa Março e para trás ficam os meses mais aborrecidos do calendário do ano..
Sinto uma esperança e algum optimismo quando os dias começam a ficar maiores.
O inverno não tem dado muitas tréguas, mas está na hora de arrebitar e assoalhar as roupas e o espírito.
Não vale a pena chorar nem ver chover. Há que enfrentar os touros pelos cornos e seguir em frente.
E lembrarmo-nos que de vez em quando sermos chonés e sentimentalões faz todo o sentido para nos sentirmos gente!

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Socorro

O António empurra os coleguinhas da sala dele como se fossem obstáculos...
Corre e empurra.
Corre e empurra.
Corre e empurra.
E só faz isto com os do tamanho dele, ficando manso como um cordeiro quando os do bibe verde entram pela sala dele...
Foram as queixas da Vera a Educadora.
E é irrequieto e não ouve o que lhe dizem.
E assim é complicado.
Disse ela.
Eu ouvi.
E pensei nas horas que restam do dia que ele passa em casa. E pensei na televisão que ele teima em desligar, no aparelho da internet que ele mexe sem poder, nas máquinas de secar, lavar que ele continua a querer ligar e desligar... e na energia que ele traz com ele depois de um dia inteiro a correr e a empurrar que o faz querer correr pelos corredores do prédio como se não houvesse amanhã.
E continuo a pensar.
Sem saber bem o que fazer.
São dúvidas de mãe.
E de alguém que tem pavor de crianças mal-educadas e da palavra "hiper-activo".

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

...

Mais um fds.
Mais um Carnaval.
Mascarei o António apenas para a escola... Por enquanto ele ainda não pede para andar sempre mascarado...por isso há que aproveitar estes anos de amnistia!
Foi de índio, mas ao fim do dia quando o fui buscar já não tinha a máscara... Tinha vomitado a sopa... Talvez seja um pronúncio de alguma aversão a esta festividade.
Também me informaram que se recusou a ir no desfile que fizeram pelas salas da creche e quis ficar sózinho na sala a brincar... Acabou por ir à segunda volta, mas sempre a puxar a asa de uma joaninha que andava lá.. Continuo com a teoria da aversão carnavalesca...
Está um frio e uma chuva que não se aguenta.
Foi caseiro o fds.
Mesmo assim estou estranhamente exausta e com uma vontade incrível de dormir.
E tenho tanto para fazer.
bOLAS.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Forrest das Salas de Espera

Tenho pavor de salas de espera.
Sempre odiei com todas as minhas forças esperar horas a fio por uma consulta... Repito uma consulta com hora marcada! Se tem hora marcada por que razão temos de esperar tanto?
Agora ainda tenho mais pavor de salas de espera.
Principalmente porque normalmente tenho um pequeno pirralho comigo que sofre uma grande transformação quando lhe cheira a desinfectante, quando vê salas com pessoas sentadas à espera, balcões com criaturas com headphones à moda da Marta da OK Teleseguro e neste mesmo meio ambiente tem de esperar, pois está claro!, como o comum dos mortais.
É aterrador.
Ele corre ainda mais que o costume.
Chateia-se.
Grita.
Chora.
Entra pelos guichets a dentro e puxa os fios das criaturinhas dos headphones.
Pega no comando da televisão como se fosse dele.
E ignora toda a parefernália de brinquedos, noddys e livros que eu (ainda!!) insisto em carregar comigo...
Transforma-se num pequeno forrest gump dos consultórios, mas muito mais rebelde...
E eu suo, transpiro, maldigo da camisola que levo, que mais valia ir de t-shirt vestida. Largo a mala e a parefernália e corro atrás dele, a pedir desculpa a tudo e a todos, sorriso amarelo nos dentes e vontade de apertar o pirralho... para não dizer outra coisa.
Depois de tudo isto vamos para o consultório e o pirralhinho diabrete, transforma-se repentinamente num menino do coro... A bata branca impõe um certo respeito..
Depois de tanto tempo de espera, de tanto stress, de tanto correr, já não sei quem precisa mais de ser auscultado, se eu se ele...

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

O Sr.Cócó

Entrou uma nova personagem lá em casa.
Chama-se Sr.Cócó.
E entrou a partir do momento em que o António começou a fazer valentes birras para mudar a fralda.
Eram autênticas sessões de bodypump... Tentar pegar nele, fazê-lo deitar-se, agarrar as pernas desenfreadas, o corpo que se torcia e mudar a bela da fralda só com uma mão!! Aposto que nem no Cirque du Soleil fazem isto!
Começámos a pensar que se calhar ele tinha vergonha de fazer cócó e daí esconder-se e fugir quando chegava a hora C...
A minha irmã comentou com uma amiga entendida em cenas de crianças e ela aconselhou-nos a "personificar" o mal-cheiroso, dando-lhe um nome...
E assim ficou o Sr.Cócó. Entidade independente com a situação fiscal e contributiva completamente resolvida. Tem um horário flexível, mas aparece quase sempre após as refeições. O António responde apontando para o meio das pernas quando eu lhe pergunto pelo Sr.Cócó e já não foge... Vamos todos para a WC (eu, o António e o dito cujo) e resolvemos o encontro de uma forma amigável, sem suor nem lágrimas...
Há coisas dos diabos...

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Carrosséis

Ontem deparei-me com uma manif. de empresários dos carrosséis.
Fiquei parada no trânsito porque 30 camiões com carrosséis e cavalos de plástico em cima decidiram manifestar a sua revolta contra o governo...e bloquearam as estradas numa marcha looooongaaaaaaaaaaaaaa e leeeeeeeennnntaaaaaaaaa...
Um conselho : e que tal lixarem a vidinha dos senhores que fazem as leis e deixarem as pessoazinhas que estão tão felizes no seu regresso a casa em paz?
Uma causa que até podia ser apoiada por toda a gente, deixa de o ser a partir do momento em que comprometem a liberdade dos outros...
Tenho dito.

Sem palavras

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

A dança

O meu filho é um dançarino.
Dança loucamente ao som de qualquer coisa que se assemelhe a música.
Já filmei para lhe mostrar um dia futuro que ele era um grande descarado e dançava sem vergonha à frente de toda a gente.
Dança como eu nunca consegui e se tentar tenho a sensação que ficaria com caimbras e mazelas para o resto da vida.
Faz piruetas a grande velocidade e quando fica meio tonto deita-se no chão de pernas para o ar (coisa que eu hoje aguento vá lá 2 segundos!)...
Todos os dias fico impressionada com a energia dele.

Oh faz favor?

Alguém que ligue o aquecedor se faz favor?
Alguém a quem eu pedi que desligasse a torneira por uns dias, pode (já agora...) fechar a porta do congelador e ligar um bocadinho o calorífero?
Só porque a malta está farta de ranho, tosse, lenços de papel espalhados, rhinomer, cetussin, benuron, pingos e pinguinhos... a malta está farta de frio e de inverno. Já chega. Já ficou provado que a treta que este inverno ia ser ameno e nem o íriamos sentir era apenas treta de metereologistas... As barragens já estão cheias para calar as vozes da seca...
Já chega.
Quero o meu nariz de volta, se possível sem ranhoca.
Quero os meus olhinhos sem remelas.
Pode ser?

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Leila


Até podia fazer lembrar uma canção que eu adoro do Clapton, não fosse a pessoa chamar-se Lelia... e não Leila, como eu lhe chamo.
Não tem nada a ver com a canção que eu adoro, nada disso.
É apenas mais uma personagem do filme do dia-a-dia.
É alta, grande, espalhafatosa, desbocada, inconveniente, cusca, chata, incómoda, sarnenta, invasiva, invasora, enfim... é a minha empregada doméstica romena ilegal que eu preciso todas as semanas, mas que quero despachar...mesmo!
Felizmente são raras as vezes que tenho encontros com ela. Quando ela entra, já eu saí e isso é fundamental para a minha sanidade mental se manter assim mais ou menos para o razoavel.
Ela não é só a pessoa a quem eu pago para aspirar, limpar, passar camisas a ferro, etc...
Ela é aquela personagem irritante que ninguém quer ter na sua vida... porque pergunta tudo o que não deve... do género - "O menino está de novo doente? Porquê? Deixa-o com a avó! Porque é que o leva para a creche???", ou isto - "Essa mala é nova? Onde compraste? Quanto custou? Quantas malas tens??" - ou isto "Não te esqueças de me pagar os 4 Euros que me deves do mês passado. Se não tiveres aí na carteira, tens moedas guardadas numa caixa azul no teu quarto..."
!!!!!!
Sim. Esta é a Leila. A minha empregada doméstica romena ilegal.
É ela que quero despachar.
E encontrar outra, se possível legal e caladinha, porque eu só pago para me limparem a casa, sem inquéritos incluídos.
Tenham um bom dia!

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Tuff

Quando se é assim um fim de semana pode ser tudo menos:

- Dormir que nem uma porca até ao meio dia
- Ir para os copos até às 6 da manhã na noite de sábado
- Não ir ao supermercado e descubrir apenas na 2ª feira que não se tem nada para comer no frige
- Saber de cor os filmes mais fixes que estão no cinema
- Ir ao chiado mesmo a chover e beber uma bica ao lado do F.P.
- Dormir novamente
- Dormir novamente
- Dormir apenas
- Dormir.
- Talvez fazer outras coisas além de dormir.

E como eu sou assim - MÃE - não posso, consigo, pronto não tenho tempo... para fazer nada do que está acima enunciado.
Assustador?
A vida é dura.
e eu odeio segundas-feiras.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

A luta continua


Disse em tempos .. "jamais...nunca na vida... nem pensar... Noddy não entra!!"

E agora engulo em seco. e silêncio.

Já devia saber que o jamais não deve dizer-se. Já devia saber que há forças nesta vida mais fortes que nós... e o Noddy está entre elas! O Noddy, o sr.Lei, a ursa Teresa, a gata Rosa, a macaca Marta (que o pai Pedro insiste em gozar e dizer ..."tão gira, tem o nome da mãmã!!!"), o sr.Faísca, os Mafarricos e toda a parafernália desse planeta universo a que dão o nome de Cidade dos Brinquedos.

A força invadiu o meu território.

Devassou os meus príncipios e germinou sementes por todos os cantos... E as sementes deram frutos em forma de Dvd's (há uns 6 ou 7 lá em casa), revistas, livros, brinquedos em forma de livro que emitem a música desse universo e entoam cânticos que proclamam a abertura de alas para o Noddy... e agora uma bateria...

Sem que tivesse tempo de pestanejar a força Noddy está por todo o lado.

O que fazer??

Deitar tudo fora e dizer que foi o Bob o Construtor que levou para reciclagem, porque o planeta precisa de ser protegido!

Guardar tudo num saco do lixo, arrumá-lo naquela prateleira inacessível e rezar para que seja mais um elemento doméstico esquecido, e dizer que o Ruca roubou as cenas todas do Noddy, o malandreco!!!

Ou então simplesmente fingir que o Noddy nunca existiu e que faz parte da imaginação fértil do meu filho de 18 meses...

A luta continua. Queremos o desmame do Noddy. Há quem queira tirar chuchas, almofadas, dedos na boca, fraldas rançosas... Eu só queria tirar um bocadinho do Noddy... Só isso.

Já tentei o Ruca, o Bob e ontem descobri o POCOYO... E deposito grandes esperanças neste último!

A luta continua e eu não vou desistir!

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Resolução


Isto de não escrever há séculos está mais ou menos equiparado a não ir à piscina...:
- faz falta ao espírito
- faz falta ao ânimo
- faz falta para desenferrujar os ossos e soltar a má energia
- faz falta!
E quando começa a fazer falta começa a doer tudo. E é nessas alturas, principalmente quando vou no carro, com música alta, que penso ... Faz FALTA!!
Por tudo isto e muito mais. Principalmente porque descubri que escrever aqui e noutros sítos é das coisas que mais gosto de fazer nesta vidinha, decidi deixar de ser parva.
Por tudo isto e muito mais vou continuar a escrever até me doerem os dedos. As coisas mais parvas e mais sérias, mais aborrecidas e mais divertidas... Tudo (ou quase tudo) o que me passa na veneta há-de ser escrito e qualquer dia vou fazer o que a minha mãe me diz muitas vezes e cometer aquela pequena grande loucura de achar que alguém um dia vai dar guito para ler o que eu escrevo...
Um bom ano para a blogosfera é tudo o que eu desejo.
beijos gordos