quinta-feira, 15 de março de 2012

Soltar um bocadinho...

Já não sei o que é saír á noite. Não sei porque não me lembro. Tenho saudades disso. De ir e de não pensar que no dia a seguir... o dia a seguir... ah pois é! Independentemente de tudo o que se faça, de tudo o que se dançe, beba, coma...há o dia a seguir. e a vida como ela é. Os acordares, as fraldas e os biberons, as cerelacs às 7 da manhã com os Mickeys e os Pandas, o desparecimento da chucha, mais fraldas, mais biberons... e com um passo de mágica a saída super fixe da noite anterior facilmente se torna um pesadelo matinal com banda sonora de martelos pneumáticos na carola...e outros efeitos especiais.
Ainda assim continuo a dizer que tenho saudades de saír á noite.
E hoje para contrariar vou soltar a galderiçe... só um bocadinho dela para não acabar com o resto.. Em boa companhia aí vou eu. Deixo os meus tesouros juniores com o meu tesouro senior e vou só cheirar a noite de Lisboa... :)
Preciso tanto disto como de pão para a boca!!!

sexta-feira, 9 de março de 2012

Exponencial

Estou por aqui de novo.
Working mum (porque será que há expressões em inglês que soam bem melhor que em portuguÊs ..."mãe trabalhadora" soa logo a vida desgraçada e não é o caso...), com dois cuquedos para criar, de volta à vida activa, depois de 5 meses de dolce fare niente (não a 100%, porque há sempre trabalho em casa...), cá estou eu.
e a resposta à pergunta ... " e a vida muda muito com dois filhos??" é ... Ah pois que muda e não é pouco. Tudo é exponencial, o bom e o mau. E nunca como agora a nossa estrutura, a fibra de que somos feitas (falo principalmente do meu género, o feminino) é posta à prova.
Hoje disseram-me que sou a mãe mais easygoing e zen que conhecem... e que também fui a grávida mais calma das redondezas. Talvez. Mas sofro como todas as mães sofrem. Tento apenas que isso não me afecte e ponto final. O medo de que algo corra mal, o medo da perda assombra-nos a vida a toda a hora. Sempre que estamos bem ou que algo corre maravilhosamente, temos sempre medo que algo venha em corrente contrária. A vida é tramada por isso. Além de ser tacitamente impossível fugir ao que a vida nos reserva, quando estamos bem ainda temos que levar com estes sinais da nossa (in)consciÊncia que nos obrigam a pura e simplesmente não estar plena e calmamente brutalmente felizes...
Estes filhos da mãe (os tais sinais) afectam-me por segundos.
Não tenho tempo para mais. Agora até a falta de tempo é exponencial.