Parece quase um atestado de invalidez permanente, mas há sempre uma grande neura no regresso e no desfazer das malas cheias de roupa com cheiro a protector e toalhas de praia duras do sal.
Apesar de tudo sabe bem voltar a casa. ao nosso colchão, à nossa almofada, aos nossos pequenos objectos e às rotinas.
As férias passaram rápido. Sem sobressaltos. Com uma barriga enorme, lá aguentei as temperaturas de norte de africa algarvias... sempre de molho é claro - qual Popota, qual Miss Piggy, fui a atracção de vários olhares, desde a velhinha cheia de rugas a dizer do alto da sua surdez que "Coitada que aquilo está mesmo para vir ao mundo!", até à criançinha de 5 anos que com um ar assustado pergunta directa "o que é que tu tens aí dentro?"... até aos casais com relógios biológicos em plena actividade e cheios de amor para dar... Tudo olha para uma pança destas. É inevitável. Estive quase na iminência de cobrar um euro por cada 10 segundos de olhar. A crise está aí e temos de rentabilizar o que temos, certo?
Depois conheci meia praia graças a um piolho de palmo e meio que mete conversa com tudo o que mexe. Tem um espírito socialite que eu sei lá... dei por mim a percorrer uma média de 10 poças por dia e a fazer conversa de circunstância com 10 famílias diferentes... Por esse Portugal fora devem existir dezenas de fotos de familia Verão 2011 com o meu filho lá enfiado, já que um dos passatempos preferidos (além de invadir poças alheias) era mesmo armar-se em mini-emplastro (mas bem mais giro, com dentes e sem sinal!!) e enfiar-se nas fotos das várias famílias portuguesas...
Este ano nada de jolas, nada de mojitos... só coca-cola zero com gelo... e pronto a bela da bola de berlim na praia!
Sobrevivi e vim com a alma vazia de stress.
Só por isto só posso dizer bem das férias.
Sem comentários:
Enviar um comentário