quarta-feira, 18 de julho de 2007

a magia do meu cinema


o primeiro filme que vi no cinema foi a "Branca de Neve e os Sete Anões". Tinha uns 4 anos e lembro-me vagamente.. Daí seguiu-se o E.T. , Neverending Story, Indiana Jones... A saga nunca mais terminou e hoje posso dizer que adoro cinema. Não vejo os filmes todos, não sou disciplinada como algumas pessoas que antes da noite dos óscares já os viram todos. Como em tudo o que gosto, vou quando quero, sem rotinas e sem obrigações. Na memória tenho vários cinemas, salas e filmes que me marcaram.. Em Mira havia um Cine-Teatro mto velho, as cadeiras faziam doer as costas, eram de madeira penso eu... Na Nazaré, quando passava por lá os meses de férias (saudosos tempos de 3 meses de férias), via os filmes todos, que normalmente eram aqueles que durante o ano só passavam em Lisboa e depois no Verão podiamos ver. Quando vim para Lisboa (há 10 anos), o meu cinema passou a ser o Monumental, por ser o mais perto de casa. .. e também porque não tinha aquela confusão de pessoas, baldes de pipocas e barulhos de palhinhas a sugar a Coca Cola Large... a magia que eu encontro no Cinema é simplesmente esta... uma sala escura onde se pode ver, sentir, ouvir um filme que passa numa tela gigante. Não é suposto mais nada existir além disto. A fórmula para mim é básica. Ontem fui ao Quarteto com uma amiga. Já não ia há algum tempo. Está igual, vazio, com as mesmas pessoas que vão, como eu, pelo filme e não por mais nada. O ambiente é um pouco diferente das grandes superfícies... Não tinha MB e tivemos q pagar os bilhetes com cheque, correndo o risco de perdermos o filme.. Não tem publicidade de meia hora antes do filme, nem trailers, nem Rãs a cantarem a dizer para desligarmos os telemóveis. Não tem pipocas. Não tem baldes de Coca cola. Tem o filme. Tem uma única pessoa a vender os bilhetes, que é a mesma que serve no balcão. Tem intervalo para podermos respirar, fumar para quem fuma, comentar com quem está connosco se está a gostar ou não... Para mim tem muito mais do que há primeira vista possa parecer um velho cinema que está na mesma há mais de 20 anos. É autêntico, tem um cheiro característico a madeira, é genuíno e para mim tranquilizador. Mesmo que não se consiga beber o chá de limão no curto intervalo, alguém do balcão diz para levar a chávena para dentro da sala, que não há problema... Pelo menos não faz o mesmo barulho das palhinhas e sabe bem melhor!

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